É uma pena que a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Sônia Maria de Assunção Macieira esteja de recesso por conta das festa de Ano Novo.
Se não fosse o caso, ela poderia vir a público explicar a relação entre a sua solicitação para afixação de placas alertando contra ataques de tubarão e a questão da pesca em Pernambuco.
O Blog do JC teve acesso ao of?cio em que a procuradora solicita a colocação das placas.
Isso foi feito no dia 30 de junho, na mesma época em que a Infraero foi procurada, mas a estatal dos aeroportos não atendeu a solicitação.
Pois bem, a procuradora do MPF justifica a medida alegando que está ocorrendo pesca predatória, por parte do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) - leia-se Fábio Hazin.
Em um dos trechos do documento, a representante do MPF diz que foi aberto um procedimento na procuradoria e o seu objetivo seria apurar poss?veis danos e desequil?brios decorrentes das medidas adotadas pelo Cemit, consistentes na pesca indiscriminada de tubarão que vem sendo promovida desde o dia 28 de maio de 2004. “Está havendo a captura e morte de espécimes que não são apontados como responsáveis pelos ataques???, justifica, antes de pedir a implantação das famigeradas placas.
Ou seja: imaginava-se que o MPF estivesse tentando proteger os turistas, mas o objetivo primeiro do zeloso MPF é proteção dos tubarões. É de se lamentar também que o pesquisador Fábio Hazin, mesmo financiado por recursos públicos, não se digne a prestar informações públicas sobre a polêmica.
Hazin não quer se pronunciar sobre a iniciativa do MPF.
Leia o que disse o pesquisador ao JC, nesta quinta-feira: "Não tenho o que falar sobre o assunto, porque o CEMIT não foi chamado para debater o assunto.
Mas com certeza vamos discutir isso na próxima reunião do comitê"