O deputado federal Miro Teixeira (PDT/RJ), em uma resposta oficial às pessoas que o inclu?ram entre os deputados que defenderam o escandaloso aumento dos deputados federais, abortado na semana passada, está prometendo dar in?cio a uma cruzada para acabar com as famigeradas verbas indenizatórias.

O deputado promete encaminhar à mesa diretora da Câmara dos Deputados um projeto prevendo a eliminação do pagamento.

Noutra sugestão, no mesmo projeto, o deputado tentará impedir a cumulatividade da remuneração dos parlamentares.

O tema já foi apresentado oficialmente pelo deputado em uma reunião de l?deres na quinta-feira da semana passada. “Obtive apoio para a cumulatividade e silêncio sobre o fim das verbas indenizatórias.

Não vou parar.

Não vou causar decepção.

Aguardem o fim da história???, recomenda, em uma carta eletrônica obtida com exclusividade pelo Blog do JC. “A remuneração dos parlamentares deve ser única e exclusivamente pelos subs?dios???, defende.

Com autoridade para falar do assunto, Miro Teixeira, desde a criação da verba indenizatória, nunca a embolsou e jamais apregoou isto.

Em seis anos, calcula que já ‘perdeu’ mais de R$ 1 milhão, considerando que cada deputado tem direito a ser reembolsado em até R$ 180 mil por ano (são R$ 15 mil por mês).

Veja abaixo alguma das argumentações que o nobre deputado carioca irá usar para tentar acabar com mais esta distorção do sistema pol?tico nacional. - A verba indenizatória de indenizatória não tem nada. É uma forma de mascarar a remuneração total.

Com ela, o teto constitucional dos salários (R$ 24 mil) está sendo violado. - Tenho a firme convicção da falta de controle público sobre essa verba.

Neste sentido, ela é nociva e insustentável. - No caso da cumulatividade de remunerações, há deputados e senadores que acumulam seus vencimentos com aposentadorias e pensões que trazem de outras atividades das quais já estão aposentados no poder público federal, estadual e municipal.

Portanto, já há remunerações que ultrapassam ou estão próximas do teto constitucional.

Só para rememorar: um deputado federal recebe um salário bruto de R$ 12,7 mil, pagando 27% de Imposto de Renda sobre esse valor.

Com a verba indenizatória, acresce outros R$ 15 mil a cada mês, sem necessidade sequer de pagar IR.

O salário real dos deputados atualmente, assim, já soma R$ 27,7 mil, bem acima do teto constitucional do STF.