"Vista em perspectiva, a eleição de Severino Cavalcanti, em 2005, foi a expressão sintomática do camelódromo em que a Câmara se transformara.
A farra do baixo clero que ele representava teve vida curta.
Mas o que representam hoje Aldo (Rebelo) e Renan (Calheiros), senão a "severinização" do Congresso como instituição?" A frase é do jornalista Fernando de Barros e Silva, na Folha de São Paulo de hoje (postamos mais cedo no Blog do JC).
Barros e Silva resumiu bem a atuação do presidente da Câmara, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB), quando falou em "omissão sem brilho de Aldo, cada vez mais parecido com a hiena triste do desenho animado".
O dia está chegando ao fim e o comunista não cedeu à pressão dos deputados contrários ao "aumentão"…
Ao contrário, ele anunciou que promoverá cortes no orçamento da Casa - o que deveria ser obrigação - para compensar os gastos gerados pelo aumento de 90,7% nos salários dos deputados.
São R$ 157 milhões a mais no orçamento com o reajuste que não terão compensação, mesmo com a engenharia contábil apresentada hoje por Aldo.
E veja a última da hiena, ou melhor, de Aldo: "Anulação de supersalários depende de l?deres" O presidente da Câmara jogou para os l?deres partidários a responsabilidade de colocar ou não na pauta de votações do plenário do projeto de decreto legislativo do deputado Walter Pinheiro (PT-BA) que propõe anular a decisão das Mesas da Câmara e do Senado de reajustar os salários dos parlamentares em 90,7%.
A idéia de Pinheiro é a de vincular a correção dos salários dos parlamentares ao ?ndice da inflação. "O que vier com o apoio dos l?deres eu ponho na pauta.
Eu tenho conduzido os trabalhos com o apoio dos l?deres", afirmou Rebelo. (Fonte: Agência Estado) (Por Cec?lia Ramos)