O presidente eleito da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco, Jayme Asfora, disse agora há pouco ao Blog do JC que a comissão eleitoral que pediu a anulação de sua eleição não tem a menor legitimidade para dizer que ele mentiu para obter o registro provisório da Chapa, batizada de Competência e Transparência. "Não me causa surpresa o teor do relatório.

Essa comissão é toda ela ligada ao presidente Júlio Oliveira.

Não passam de fantoches, com um discurso falacioso para engendrar um golpe contra a minha vitória.

Como os três advogados são subordinados politicamente a Júlio Oliveira, a própria formação da comissão é ileg?tima", critica Em entrevista ao Blog do JC, em tom de ironia, Jayme Asfora também desancou o atual presidente e candidato derrotado, Júlio Oliveira. "Tudo isto não passou de uma tentativa de golpe arquitetada pelo Júlio Oliveira, que está desesperado porque vai perder o cargo.

Agora não me surpreende porque tudo isto é condizente com uma pessoa que presidiu a JDS (Juventude Democrátida Social, do PDS) e apoiou a ditadura, com uma postura autoritária.

Júlio Oliveira é a reencarnação de Augusto Pinochet ou de Em?lio Médici (presidente da época da Ditadura), que ele apoiou e gosta tanto", atacou. "Na verdade, isto tudo é uma grande esculhambação, um desrespeito á categoria", disse.

Agora à tarde, depois de ter sua eleição questionada pela comissão eleitoral, Jayme Asfora vai entrar com um recurso na própria sede da OAB pedindo que a decisão seja reconsiderada.

Sobre a comissão eleitoral, Jayme Asfora avisou que os integrantes vão ter que provar que ele estava mentindo, quando substituiu o candidato a presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAPE), Paulo César Maia Porto. "Essa era a informação que nós t?nhamos à época do processo.

Não conseguimos tirar certidão, mas isto não é o problema, porque ele foi substitu?do, como autoriza a lei", afirmou.

Por telefone, a sua assessoria acrescentou que a sentença final (transitada em julgado) só ocorreu depois de sua substituição.

Além do processo ético, Jayme Asfora antecipou agora há pouco que, assim que assumir o órgão, em janeiro, vai promover uma auditoria nas contas da entidade. "Há ind?cios fortes de irregularidades e nós vamos fazer uma auditoria profunda na OAB.

Na campanha, o senhor Júlio Oliveira não explicou o que foi feito com o dinheiro da OAB nos últimos três anos e é por isto que está sendo enxotado.

Ele só apresentou as contas dos últimos três anos às vésperas da eleição, no segundo semestre deste ano, para não se tornar ineleg?vel.

Tem assessores que ganham salários astronômicos, na faixa dos R$ 5,5 mil", denuncia.