No pacotão de projetos que o governador José Mendonça Filho enviou para a Assembléia Legislativa, no mês passado, há um projeto de lei que vem agitando as mais de 217 delegacias do Estado, além das delegacias especiais e administrativas.

A iniciativa prevê que o chefe de pol?cia civil retome o poder de nomear os delegados e não mais o Secretário de Defesa Social (SDS), como ocorre hoje.

Nos bastidores, é chamada de Lei Djalma Raposo, numa referência ao atual chefe de pol?cia civil do Estado.

Nesta hora de transição de governo, com a promessa de integração das pol?cias, a alteração pode ser interpretada como uma diminuição do poder de fogo do titular da SDS. "Não acho que tolhe o poder do secretário.

A indicação dos nomes é uma dor de cabeça e depois, quem pode mais, pode menos.

Acaso um secretário peça a nomeação de um delegado, um chefe de pol?cia vai recusar ?

Quando Anibal Moura queria fazer um remanejamento, o João Braga ia e cumpria.

Quem sabe das necessidades é o chefe de Pol?cia.

O secretário de Defesa Social normalmente vem de fora e não conhece ninguém.

Quem está sentado na cadeira 24 horas e que sabe das coisas que acontecem nas delegacias é o chefe de Pol?cia", defende Djalma Raposo.

Daqui a 15 dias, quem está chegando de fora e não conhece as delegacias, mas pode não querer perder esse poder, é o novo secretário da SDS, Romero Lucena de Menezes, até anteontem superintendente da Pol?cia Federal em Bras?lia.

Neste caso, é preciso aguardar o desenrolar das brigas pol?ticas na AL para ver no que vai dar.