O Partido Progressista (PP), na prática, ficou de fora do governo Eduardo Campos, apesar do presidente do partido, Severino Cavalcanti, ter rompido com Mendonça Filho e apoiado o socialista.
Nesta tarde, depois de ter o nome especulado para a Secretaria da Mulher, a filha do ex-deputado, Ana Cavalcanti, acabou ficando com o inexpressivo e problemático Instituto de Recursos Humanos (IRH).
Não se sabe em represália, Severino, o homem do mensalinho depois de renunciar à presidência da Câmara Federal, não deu às caras na apresentação do secretariado.
No evento de hoje, para evitar um constrangimento pol?tico maior, o governador eleito mandou que fosse inclu?do no anúncio do secretariado o nome de cargos do segundo escalão, como a ARPE, entregue ao ex-deputado estadual Ranilson Ramos.
No lugar que seria reservado à filha do homem do mensalinho foi anunciada a pesquisadora da Fundaj Cristina Buarque.
Ela é uma das fundadoras do fórum de mulheres de Pernambuco e levou uma claque para o auditório onde foi anunciado o secretariado.
Nos bastidores, os comentários dos socialistas davam conta que troca de Ana por Buarque ocorreu porque a primeira não teria muita proximidade com o movimento das mulheres.
No seu discurso, Eduardo Campos rebateu que esteja sendo ou tenha sido pressionado pelos aliados. “Os aliados nos deixaram à vontade para montar o governo e eu os agradeço por isto”, garantiu.
Na semana passada, em conversa com o repórter Renato Lima, deste JC, Severino disse que não queria secretaria de Eduardo ou ministério de Lula, mas apenas voltar para a Câmara Federal como deputado.
Outro que não deu as caras no evento foi o presidente do PTB, Armando Monteiro Neto.
Ele estava no Recife e não prestigiou a indicação do aliado José Chaves.