Inocentado pela CPI das Sanguessugas, o secretário nacional de Comunicação do PT e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou que vai processar o governador Mendonça Filho (PFL) e o senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB) por danos morais. É o que informa o repórter de Pol?tica, Jorge Cavalcanti, no JC de hoje.
Segundo Humberto, o processo vai ser movido assim que o Ministério Público Federal se pronunciar sobre o caso de fraude na venda das ambulâncias para as prefeituras de vários Estados, o que ainda não tem prazo marcado.
A CPI das Sanguessugas divulgou o relatório final ontem, pedindo o indiciamento de 10 pessoas e isentando os quatro últimos ex-ministros da Saúde.
Humberto ocupou a pasta de janeiro de 2003 a junho de 2005.
Candidato derrotado ao governo de Pernambuco, o petista avaliou que o escândalo foi "manipulado e politizado" durante a eleição majoritária, o que acarretou em um preju?zo ao seu desempenho eleitoral, à sua imagem e a da sua fam?lia. "Como sempre disse, nunca tive nada a ver com o caso, nunca me furtei a nada e compareci à CPI.
Quando o Ministério Público se manifestar, vou processar os que me atacaram, como Jarbas e Mendonça, assim como jornais e revistas", disse Humberto, que já moveu um processo contra a revista Veja, mas foi derrotado.
Procurada pelo JC, a assessoria de Jarbas informou que o peemedebista não vai comentar a declaração do adversário.
Já a assessoria do governador não atendeu às ligações telefônicas.
OPERAÇÃO VAMPIRO Já sobre a denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal por envolvimento com a máfia dos vampiros, Humberto informou que ainda não foi notificado. "Algumas pessoas já foram, mas eu ainda não.
Devo estar recebendo a comunicação em breve", disse, repetindo o argumento que foi o responsável pelo comunicado à Pol?cia Federal, que iniciou a investigação do esquema da compra superfaturada de hemoderivados, depois de ter recebido uma carta anônima.
O ex-ministro da Saúde e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e outras onze pessoas foram denunciados no escândalo.
Humberto foi acusado de prática de formação de quadrilha e corrupção passiva.