Para a Bunge, a medida pode compensar tributariamente um erro estratégico da empresa, que vem perdendo mercado nas vendas de margarina. "No acompanhamento que fazemos, a Bunge perdeu muito mercado quando extinguiu a marca Bem-te-vi, que era l?der.
A? entrou a Deline, da Sadia, que hoje domina 70% do mercado", afirmou o presidente da Apes, Geraldo José da Silva.
Segundo a pesquisa da instituição, a empresa está com o preço médio mais caro do segmento de margarina comum.
A Primor, da Bunge, é vendida por R$ 0,99, enquanto a l?der Deline custa, em média, R$ 0,96 e a Vigor, R$ 0,98. "Eles se achavam donos de marcas boas e tiraram a Bem-te-vi.
E o que eles tinham não decolou", analisa.
O presidente da Associação dos Atacadistas de Pernambuco (Aspa), Sebastião Rodrigues, reagiu ao Decreto nº 30.000. "Fim de governo não tem a m?nima consideração.
Isso deveria ter sido levado para a Alepe.
Quem pagou o pato foi o consumidor e a parcela mais pobre", afirmou. "Pobre, que faz bolo com margarina, vai pagar mais caro.
Rico faz com manteiga e não vai se preocupar", comparou Rodrigues.
Contactada, a Bunge disse que não iria se pronunciar.
Segundo o departamento de comunicação, a questão é tratada apenas administrativamente.
O vice-presidente da Bunge, Murilo Sant´Anna, esteve reunido com Mendonça Filho na semana passada