As páginas policiais de nossos jornais registram hoje, com destaque, que quatro homens foram assassinados com disparos de pistola calibre 380, por volta das 17h do último sábado, na Favela do Detran, na Iputinga, Zona Oeste do Recife.
Eles passavam de Kombi pela Rua Jacimã, quando foram surpreendidos por dois homens em uma moto.
O motorista Sandoval Campos Alexandrino, 27 anos, o cobrador Carlos Alberto Pedrosa de Figueiredo Júnior, 21, e o ex-presidiário Wilson da Silva Ramos, 29, levaram vários tiros pelo corpo e faleceram dentro do ve?culo, que fazia transporte alternativo em Paulista, no Grande Recife.
Josinaldo Campos Leite, 25, irmão de Sandoval, conseguiu deixar a Kombi correndo, mas foi alcançado e assassinado pelos pistoleiros na esquina seguinte.
Apesar de trágica, a not?cia não surpreende mais porque todo mundo sabe que a Favela do Detran é um lugar violento, como relata inclusive um dos entrevistados pelo JC.
O que pouca gente sabe é que essa violência poderia ser minorada se o Detran desse uma forçinha, com algum projeto social em seu entorno.
A Jucepe já começou a fazer isto no Coque, para onde se transferiu e está financiando até a instalação de uma delegacia, ao custo de R$ 600 mil.
O Detran fatura mais de R$ 120 milhões por ano e não se tem not?cia de que faça algo.
O que adianta ser uma ilha de excelência no serviço público em termos de tecnologia e ver gente morrendo na porta, como se fosse uma guerra civil?