Sem combust?vel financeiro, o projeto de restauração do prédio da Fábrica Cultural Tacaruna, no Recife, lançado ainda em 2004, com a maior pompa e circunstância, foi para o espaço, sem ter decolado.
A licitação das obras acaba de ser anulada, no dia 04 de dezembro, sem nenhum alarde.
O diretor-presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Art?stico de Pernambuco (Fundarpe), Bruno Lisboa, não esconde os motivos para o fracasso da iniciativa, revelando até algum ressentimento com a secretária da Fazenda, Maria José Briano, dona do cofre do Estado nos últimos anos. "O processo de licitação (referente à terceira fase do projeto) foi iniciado em 26 de dezembro de 2005 e até a presente data não teve dotação orçamentária e programação financeira, para o exerc?cio de 2006, providenciadas pela Sefaz, apesar das solicitações feitas através de dois of?cios (033/06 e 046/06)", reclama, na justificativa do cancelamento, o dirigente do órgão.
As obras de restauração do conjunto arquitetônico, em sua terceira etapa, previam recursos da ordem de R$ 9 milhões.
Nas primeiras intervenções, conclu?das em 2004, o governo do Estado gastou cerca de R$ 1,3 milhão no sistema de cobertura do prédio, recuperação estrutural e revestimento da fachada principal.
Em junho último, já sob a gestão de Mendonça Filho, o governo do Estado anunciou a segunda etapa do projeto, com investimentos de R$ 4,9 milhões, visando as obras de urbanização e paisagismo.