Da Folha Online Em terra ou no ar, a classe média brasileira vai mal.Enquanto seus aviões não decolam ou atrasam, a situação aqui embaixo, no mercado de trabalho, tem sido a pior poss?vel.Nos últimos seis anos, foram criados mais de 8 milhões de empregos formais para a parcela mais pobre da população, as pessoas que ganham até três salários m?nimos (R$ 1.050).

O rendimento desse pessoal subiu mais de 45% acima da inflação.Para os que estão acima desse patamar, onde começa a classe média, a situação é trágica: 2 milhões de vagas a menos e queda de mais de 46% nos rendimentos.Não é à toa que filhos da classe média recém-sa?dos de boas universidades encontram, quando muito, salários med?ocres ao chegar ao mercado de trabalho.Esses opostos também explicam o mau humor da classe média com Lula e as razões da vitória do presidente por uma margem de 20 milhões de votos concentrada no estrato mais pobre da população.Nos últimos quatro anos, o governo assistencialista e pró-pobre de Lula foi principalmente na direção de quem não tem problemas com o Cindacta de Bras?lia ou panes em radares.

Mas com atrasos sistemáticos em linhas de ônibus populares e assaltos em trens de periferia abarrotados de gente –sem que a m?dia faça todo o escarcéu atual.Se Lula de fato tem e quer "sua força no povo", seu governo parece coerente com os resultados que apresenta no mercado de trabalho.

Esse, no entanto, é apenas um lado da questão.Dificilmente um pa?s cresce de forma robusta se não tiver uma classe média ascendente em número de participantes e salários.Leia mais aqui.