Por Monica CrisostomoDo Jornal do Commercio Tema recorrente durante a campanha eleitoral, a segurança pública vem ocupando boa parte das articulações feitas pelo governador eleito, Eduardo Campos (PSB).
Apesar das reservas que cercam o tema, fontes próximas ao socialistas confirmam o "dilema" vivido por Eduardo.
Inicialmente, a disposição era a de convocar um nome de caráter nacional, possivelmente alguns dos especialistas que atuaram na reestruturação do sistema de segurança pública de Minas Gerais.
As negociações já teriam inclusive avançado, concentrando-se em dois nomes – um da Pol?cia Federal e outro da reserva da Pol?cia Militar mineira.
Há três dias, porém, Eduardo teria sido alertado por gente de sua confiança, com inserção nas pol?cias Civil e Militar de Pernambuco, do mal-estar que o assunto estaria gerando nas corporações.
O resultado: as conversas foram temporariamente paralisadas.
Desde a pré-campanha, quando o PSB realizou um seminário para avaliar a violência, propondo soluções vinculadas ao sistema nacional de segurança, o socialista intensificou os contados com especialistas de todo o Pa?s, chegando a receber cópias de projetos nas áreas de prevenção e combate à criminalidade desenvolvidos em várias cidades brasileiras.
Disposto a evitar polêmicas, Eduardo desconversou ontem ao ser indagado sobre a escolha do novo secretário de Defesa Social. "Nós simplesmente tivemos uma conversa com as autoridades brasileiras que tratam do tema da segurança pública, que é um tema desafiador. É importante lembrar que o Brasil está construindo um sistema público integrado de segurança pública.
Mas não existe um convite feito a nenhum profissional", argumentou.
Eduardo disse ainda que queria contar com um nome que tenha "conhecimento e comprometimento" com esse projeto que está sendo construindo nacionalmente por governos de diferentes partidos. "Da?, surgem essas especulações.
Eu prefiro que a nossa equipe seja constitu?da de pernambucanos e pernambucanas, que tenham identidade com a nossa terra, conhecimento da nossa realidade, que encarem como um desafio e ao mesmo tempo, com prazer, a tarefa de ajudar o Estado a viver um novo tempo", sentenciou.