Nesta manhã, o governador eleito cumpriu o ritual de subir o morro da Conceição e pedir proteção à padroeira da cidade.

Depois de ter ganho com folga a eleição para o governo do Estado, Eduardo Campos tem um motivo a mais para agradecer.

Visivelmente irritado, antes de rezar ao pé da santa, Eduardo Campos falou com os repórteres, como Monica Crisostomo, da Editoria de Pol?tica do JC, demonstrando estar demarcando espaço (com a divulgação das informações sobre as finanças estaduais, ontem) para evitar ser cobrado antes da hora e com uma régua que não lhe interessa.

Leia o que Eduardo disse hoje: Como o senhor avalia a resposta do governador José Mendonça Filho fez as declarações de sua equipe, sobre o desequil?brio financeiro do Estado?

Eduardo Campos - Olha, eu não vou comentar balanço, número.

Eles falam por si só.

Se tem alguém que fez uma transição equilibrada na história da democracia recente de 1981 para cá, nós fizemos.

Não vazou nenhuma not?cia, não adjetivei em hora nenhuma.

Tá chegando a hora de mostrar os números a nossa base aliada.

Para ser um governo que tem democracia, participação. É a primeira vez, na história de Pernambuco, que um governador eleito chama os partidos que lhe elegeram, abre as contas, chama a bancada - e ainda não falta quem me chame de centralizador nos jornais.

Eu não vou discutir a conceituação desse debate agora.

Os números falam por si só.

Não adianta alguns quererem proteger uma determinada posição.

A universidade vai conhecer esses números.

Os departamentos de economia das três universidades vão conhecer esses números.

Eu vou fazer chegar ao departamento de Ciências Pol?ticas, ao Tribunal de Contas do Estado e aos poderes constitu?dos.

A Assembléia Legislativa já tem.

Não me interessa estar adjetivando, mas me interessa que a sociedade saiba exatamente de que ponto eu vou partir, para que me cobre a partir do ponto que eu vou partir.

Eu quero ser cobrado, a partir desse ponto.

Agora, não quero ser cobrado como se já estivesse alguns mil quilômetros à frente.