Por Sérgio Montenegro FilhoDe Pol?tica do Jornal do Commercio Preparando-se para se transferir para Bras?lia a partir de fevereiro do próximo ano, quando assumirá o mandato de senador, o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) já tem todas as suas atenções voltadas para o cenário nacional.
Opositor declarado do governo Lula – mesmo sendo uma voz praticamente isolada dentro do PMDB –, o peemedebista vem reagindo às sinalizações feitas pelo presidente, que através de interlocutores tem manifestado vontade de conversar com ele. "Lula tem dito às pessoas que quer falar comigo, mas não diz a mim.
Fica usando essas pontes.
Basta ele me chamar que eu vou", afirmou Jarbas, advertindo, porém, que não pretende mudar a posição assumida diante da direção nacional do PMDB, que optou, majoritariamente, pela participação na base de apoio do segundo governo petista, integrando-se à proposta de coalizão feita por Lula. "Não torço pelo pior, mas se Lula tivesse um governo exitoso, não precisava de coalizão", disse Jarbas. (…) Recado ao PSDB Se depender do ex-governador e senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB), o comando da oposição ao governo de Eduardo Campos (PSB), a partir de janeiro, deve ficar com os presidentes dos partidos que integraram a União por Pernambuco – sobretudo o PMDB, PFL e PSDB – além do atual governador Mendonça Filho (PFL), derrotado por Eduardo em outubro.
Jarbas deixou claro que não está disposto a assumir a coordenação desse trabalho, preferindo dedicar-se mais às questões nacionais, a partir do momento em que assumir o mandato no Senado.
Principal articulador da aliança, o ex-governador aproveitou para mandar um recado aos poss?veis dissidentes: "Não existe oposição pela metade.
Ou se faz oposição ou não se faz".
A recomendação do ex-governador tem endereço certo: o PSDB.
Embora o l?der do partido no Estado, senador Sérgio Guerra, já tenha garantido que estará integrado aos demais partidos adversários de Eduardo Campos, entre os próprios tucanos há sinalizações de que a legenda poderia agir com certa flexibilidade diante do futuro governo socialista.
Principalmente porque parte dos tucanos é oriunda do PSB, inclusive Sérgio Guerra. (…)