Acabei de publicar na seção Artigos, na coluna ao lado, a análise do vice-prefeito do Recife e colaborador freqüente do Blog, Luciano Siqueira (PCdoB), sobre o governo de coalizão proposto pelo presidente Lula (PT).

Luciano também critica a oposição conservadora e "parte substancial da m?dia", que, segundo ele, "procuram desqualificar a iniciativa do presidente".

Abaixo, alguns trechos do texto.

Boa leitura. ——————————– Por Luciano SiqueiraVice-prefeito do Recife Em A Fantasia Desfeita (Paz e Terra, 3ª edição, 1999), Celso Furtado registra sua frustração face a indiferença com que as principais lideranças pol?ticas alinhadas com Jango, em 1962, receberam um Programa M?nimo, por ele redigido, a pedido do presidente, para dar conteúdo à ampla frente que se formava com o fim de restabelecer o presidencialismo. "Os l?deres progressistas faziam um jogo pessoal, preocupados cada um em ampliar a área própria de influência", escreveu.

E cita alguns destes lideres, entre os quais San Tiago Dantas, Magalhães Pinto e Leonel Brizola.

Agora, quarenta e quatro anos depois, um texto semelhante ao apresentado por Celso Furtado - a Agenda M?nima para um Governo de Coalizão - serve de base às negociações do presidente Lula com os partidos que se dispõem a apoiá-lo no segundo mandato.

Nada mais saudável, num pa?s em que não raro a composição de equipes de governo se faz despida de maiores considerações programáticas.

No entanto, a oposição conservadora e parte substancial da m?dia, procuram desqualificar a iniciativa do presidente.

A Folha de S.Paulo, por exemplo, em editorial publicado domingo último, critica em tom sarcástico o entendimento celebrado com o PMDB: "Poucas vezes a fisiologia e a circunstância se cobriram de tamanha pompa e teatralidade como na cerimônia que formalizou o apoio do PMDB ao governo Lula, realizada em Bras?lia na quinta-feira passada.

Algumas frases pronunciadas nesse encontro mereceriam constar de uma antologia, ainda a ser feita, do talento brasileiro para o circunlóquio bacharelesco e para os artif?cios da cosmética pol?tica." Leia aqui a ?ntegra do texto.