Do Blog do Josias Resignado com a disposição do PT de lançar, nesta terça, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) como candidato à presidência da Câmara, Lula deu meia-volta no apoio incondicional que dera à reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Embora diga que continua preferindo Aldo, Lula já insinua, em privado, que não vai quebrar lanças por ele.
Se Arlindo Chinaglia, l?der do governo na Câmara, conseguir provar-se um candidato mais viável do que o predileto de Lula, o Planalto não oporá resistências.
O presidente só não admite uma hipótese: a de perder o controle do comando da Câmara Nesta segunda, véspera da reunião em que sua postulação deve ser oficializada pela bancada de deputados do PT, Chinaglia tomou uma série de providências.
Todas visaram dois objetivos: demonstrar que o gesto do PT nem significa uma imposição aos demais partidos nem representa uma afronta a Lula.
A primeira providência de Chinaglia foi procurar Aldo Rebelo.
Teve com ele uma conversa franca.
Disse que os dois estão do mesmo lado.
O lado do governo.
Disse a aliados ter firmado com o rival uma espécie de pacto de responsabilidade.
Combinaram que não farão da disputa, tome o rumo que tomar, um arranca-rabo capaz de prejudicar a unidade do consórcio partidário que dará suporte a Lula no segundo mandato.
Depois, Chinaglia gastou o resto da segunda-feira articulando a redação de uma nota que espera conseguir aprovar na reunião da bancada petista.
O texto foi vazado em termos conciliatórios.
Informa que o partido, dono da segunda maior bancada –83 deputados— oferece à Câmara uma candidatura a ser constru?da a partir do diálogo com as demais legendas.