Acabei de postar na seção Artigos, na coluna ao lado, uma interessante análise do ex-secretário da Fazenda Luiz Otavio Cavalcanti, colaborador freqüente do Blog, sobre como viabilizar o crescimento sustentável da economia pernambucana.

Uma das propostas dele é transformar a empresa Suape em Secretaria de Assuntos Internacionais.

Abaixo, alguns trechos do texto.

Boa leitura. ————————————– Por Luiz Otavio CavalcantiEx-secretário do Planejamento e da Fazenda de Pernambucolotavio@fsm.com.br Pernambuco precisa intensificar olhares.

Olhar mais de dentro para fora do Estado.

E ser mais olhado de fora para dentro.

Precisa se globalizar.

Se quiser que seu PIB descole do PIB nacional.

Nos últimos trinta anos, eles caminharam em linhas paralelas.

Porque a economia pernambucana não dispõe de condições próprias para crescer de forma autônoma.

Mais aceleradamente do que a do Pa?s.

Esse é o ponto.

Não temos, ao longo das três décadas recentes, captado número razoável de empreendimentos privados para assegurar investimentos estruturadores.

E, dessa forma, promovermos a evolução do PIB estadual além dos 3%, anuais.

Que, hoje, constituem barreira dif?cil de ultrapassar.

Na média histórica, temos crescido menos que o Pa?s e ficamos abaixo do Nordeste.

Como atrair para o Estado empreendimentos cuja produção viabilize o crescimento sustentável da economia pernambucana?

Defendo três medidas nesse sentido.

A primeira delas instala uma atitude institucional. É o governo estadual incorporar visão baseada na economia globalizada que estamos vivendo.

O que isso significa?

Significa o governo estar atento ao mercado global.

Pode, por exemplo, sintonizar pol?ticas e decisões com a direção que a tecnologia está tomando, neste momento, nas instâncias globais.

Pode ajustar iniciativas administrativas para atrair projetos tecnológicos ainda não conhecidos no Nordeste.

A segunda medida produz uma ação gerencial. É transformar a empresa Suape em Secretaria de Assuntos Internacionais.

Por que?

Por duas razões principais: uma, para repercutir na estrutura do governo aquela atitude institucional acentuando a perspectiva global.

Duas, para criar uma faixa permanente e exclusiva de contatos com o exterior, entendimentos com empresas estrangeiras, reuniões com eventuais interessados em conhecer o Estado, entrega de oportunidades de negócios industriais e comerciais a escritórios de consultoria, discussão de pacotes de investimento tur?sticos com bancos estrangeiros.

Na prática, é abrir as portas para que Pernambuco, ficando mais conhecido lá fora, se torne mais competitivo em termos de negócios.

E para que investidores internacionais, conhecendo mais as potencialidades do Estado, passem a considerar o território pernambucano entre suas escolhas estratégicas.