Com a ajuda da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), que financiou parte do projeto e cedeu área f?sica de 2,8 mil metros quadrados para a Secretaria de Defesa Social (SDS), o bairro do Coque vai ganhar um núcleo integrado de segurança e uma unidade de policiamento com motos da PM.

Serão pelo menos 300 motos circulando no bairro, com as novas instalações.

Hoje, a companhia faz seus treinamentos na campus da UFPE.

O conjunto de intervenções é uma iniciativa importante e é lamentável que só saiam agora, já no fim da gestão.

A Ilha de Joana Bezerra é a região de menor IDH da cidade do Recife e precisa de investimentos públicos e privados para sair da situação atual.

Outros órgãos estatais, milionários, como o Detran, poderiam fazer mais pelo seu entorno, mas não o fazem.

O empreendimento foi anunciado ainda pelo ex-secretário de Defesa Social, João Braga, mas nunca saiu do papel, até que as obras finalmente começaram agora em novembro, depois que a Jucepe gastou cerca de R$ 600 mil com todo o projeto arquitetônico. "A pol?cia vai praticamente morar no coque.

Não se trata de uma ação de intervenção, mas de uma nova convivência.

A existência do metrô também facilita a chegada e sa?da dos policiais do bairro", afirmou.

O diretor geral do órgão, Eduardo Sabino, previu ontem que as obras da delegacia estão bastante avançadas e podem ser conclu?das até fevereiro de 2007, se não houver problemas de recursos, com a transição de governo.

A delegacia será tão moderna que terá entradas distintas para v?timas e suspeitos, de modo a evitar constrangimento no reconhecimento de delitos.

A colabororação entre os dois órgãos públicos faz parte de um projeto social da Jucepe, que prevê ainda a cessão de espaço da Jucepe para uma ONG cuidar de capacitação de jovens e adultos no local.

O lançamento do programa será realizado no próximo dia 19 de dezembro, com a presença do governador José Mendonça Filho.

A ONG que deve assumir o trabalho é a Pró-Cidadania.

A grande ironia é que, até 2003, os funcionários do órgão se recusavam a passar a trabalhar no novo local da junta, com receio de assaltos.

Os funcionários chegaram a procurar o deputado petista Sérgio Leite, para a realização de uma audiência pública na Assembléia Legislativa (AL) com o objetivo de discutir a transferência.

Não se tratava de nada infundado.

Até mesmo o secretario-geral, Roberto Tavares, já foi assaltado na porta do trabalho.