O Brasil ampliou em 400 toneladas sua cota internacional de captura de atuns no oceano atlântico.

A autorização foi obtida durante a 15º Sessão Ordinária do Comitê Internacional para a Conservação dos Atuns no Atlântico (ICCAT), que está sendo encerrada esta semana (30/11) em Dubrovnic, na Croácia.

A pesca do espadarte (espécie de atun), regulamentada pelo ICCAT, por empresas brasileiras, cresceu em 800 toneladas no ano passado, em comparação com o ano anterior, quando foram obtidas 3 mil toneladas.

Isso viabilizou a ampliação da cota de pesca internacional, que passou de 4320 toneladas para 4720.

No mundo, a cota sustentável a pescar desta espécie, que é uma das mais rentáveis do setor, é de 17 mil toneladas, dividida entre todas as nações que atuam no atlântico.

O Brasil garantiu ainda o repasse dos saldos não capturados no per?odo 2003-2006.

A situação garante mais espaço para a continuidade do desenvolvimento do setor pesqueiro Brasileiro e foi encarada como vitória pela delegação brasileira que participou das discussões, ante os desejos das nações mais desenvolvidas de não aceitar o avanço de pa?ses em desenvolvimento.

Para garantir a captura completa da nova cota, bem como dos volumes restantes dos per?odos anteriores, o Brasil está promovendo novas mudanças no sistema de arrendamento das embarcações estrangeiras.

O Congresso Nacional já aprovou e o presidente Lula deve sancionar, nos próximos dias, o arrendamento do chamado "casco nu" - barcos estrangeiros que podem ser equipados no Brasil e adotar bandeira brasileira.

Também será poss?vel importar barcos, tornando-os nacionais.

Até agora, além de constru?rem as embarcações, os empresários só tinham a opção de arrendar embarcações estrangeiras, que vinham para o Brasil com sua bandeira de origem e boa parte da tripulação.

Atualmente, pouco mais de 20 embarcações operam nesta modalidade, o que está aquém das necessidades do Pa?s A expectativa do Governo Federal é permitir a aquisição de 30 embarcações estrangeiras e complementar as necessidades com o novo arrendamento e com navios constru?dos no Brasil.

A frota considerada ideal é de cerca de 70 embarcações de porte destinadas à pesca oceânica na Zona Econômica Exclusiva Brasileira.