Do caderno de Economia do JC de hoje Uma questão terá que ser tratada com muito cuidado pelo futuro governador Eduardo Campos quando assumir o governo de Pernambuco.
Após um estudo patrocinado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) identificar ind?cios de petróleo na costa pernambucana, há uma briga silenciosa entre órgãos do meio ambiente que podem inviabilizar a participação do Estado na riqu?ssima indústria de petróleo.
Um parecer do Ibama, contestando posição da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos H?dricos (CPRH), ameaça reduzir a atratividade econômica da bacia de Pernambuco a zero.
Após um estudo de R$ 5 milhões conduzido pela empresa HRT Petroleum, contratada pela ANP, verificou-se que Pernambuco poderá ser uma nova fronteira de exploração de petróleo.
De fato, o precioso óleo já é extra?do no Rio Grande do Norte e Sergipe, e a formação geológica local se assemelha com outra africana onde é forte a produção de petróleo. "O potencial de exploração a? é enorme.
Muitas companhias já me procuraram para obter mais informações e demonstraram muito interesse", afirmou Márcio Rocha Melo, responsável pela condução do estudo que identificou óleo na bacia Pernambuco-Para?ba.
A expectativa gerada com a descoberta foi grande, e desde então, o governo se articulava para incluir Pernambuco numa rodada de exploração ofertada pela ANP.
São nessas rodadas que empresas arrematam lotes para prospectar petróleo.
No processo de organizar a rodada, a ANP fez consultas a CPRH e ao Ibama para saber quais blocos poderia oferecer.