Do Jornal do Commercio Rua do Riachuelo, esquina com a Rua da União, uma das áreas mais movimentadas do Centro do Recife, a 50 metros da sede da Chefia da Pol?cia Civil.
Nesse cenário, o servidor municipal Edvaldo Pessoa de Melo, 44 anos, tornou-se mais uma v?tima da violência urbana.
Ele foi assassinado no in?cio da noite de anteontem.
Ao reagir a uma tentativa de assalto praticada por um jovem, aparentando ter entre 17 e 19 anos, que exigia o celular, Edvaldo Pessoa levou um tiro no abdome.
Eram 19h e, como acontece diariamente, centenas de pessoas passavam pelo local.
O caso ocorreu nove dias depois de o universitário Rafael Dubeux ser morto com um tiro na cabeça, nas mesmas circunstâncias: reagindo a um assalto, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
Leia mais aqui (assinantes JC e UOL). “Queria que ele fosse um Dubeux???
Revolta.
Esse foi o sentimento de Jorge Ferreira, 36 anos, um dos dez irmãos de Edvaldo Pessoa de Melo, ao saber do crime na Riachuelo.
Ontem, no IML, ele disse que não acredita nas leis do Pa?s e elogiou a época da ditadura.
E mais.
Cobrou da pol?cia um tratamento semelhante ao dado na morte do universitário Rafael Dubeux.
JORNAL DO COMMERCIO - Como a fam?lia recebeu a not?cia?
JORGE FERREIRA - Com revolta. É absurdo um homem de bem como meu irmão, pai de fam?lia, ser morto por causa de um celular, por um jovem que pode ser de menor.
Se fosse ao contrário, se Edvaldo tivesse matado esse jovem, todas as entidades de direitos humanos estariam aqui.
Cadê elas?
Nessa hora ninguém aparece.
Eu queria que meu irmão fosse um Dubeux (numa referência ao universitário Rafael Dubeux, morto há nove dias em Boa Viagem, em um assalto), para que o assassino fosse preso em 72 horas.
Mas sei que isso não acontecerá, porque meu irmão é pobre.
Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).