Manchete da “Folha” de hoje: “Publicidade oficial ajuda a bancar a TV do filho de Lula”.

No primeiro parágrafo da manchete a informações de que “a Gamecorp (…) divide com o Grupo Bandeirantes o faturamento obtido com verbas federais em anúncios na Play TV”.

Dilu?das nas páginas internas as seguintes informações: 1.

Todas as informações foram fornecidas pela própria Bandeirantes, no processo que move contra a Editora Abril.

O juiz tirou o segredo de justiça, e o repórter pode consultar os autos e selecionar as informações a serem destacadas na matéria. 2.

Internamente, pela matéria fica-se sabendo que contrato da Gamecorp com a Bandeirante prevê a divisão em 50% de toda a publicidade arrecadada.

Não há uma cláusula especial para publicidade de órgãos públicos, conforme sugere o texto destacado da primeira página.

Internamente, artigo de Daniel Castro, o cr?tico da TV da “Folha”, informa que esse tipo de contrato é comum no mercado. 3.

O infográfico mostra que a PlayTV deverá faturar R$ 5,2 milhões em 2006, e que o Banco do Brasil e a Caixa estao entre os maiores anunciantes (provavelmente estão entre os maiores de qualquer emissora ou editora).

Quando se entra nos valores (perdidos no meio do texto), fica-se sabendo que, em 2006, as verbas federais para o PlayTv foram de R$ 597 mil, ou 11% do faturamento previsto, e 68% inferiores à publicidade oficial em 2005, ano em que a Gamecorp ainda não participava do faturamento do Canal 21. 4.

Na defesa, feita pelo advogado Walter Ceneviva, fica claro que a PlayTV concorre diretamente com a MTV, da Editora Abril, que iniciou a campanha contra a Gamecorp.