Por Inaldo SampaioNa coluna Pinga-Fogo do JC Por ter feito oposição a Lula e ao PT na recente eleição de Pernambuco, o senador eleito Jarbas Vasconcelos estará mais à vontade no Congresso permanecendo ao lado dos contrários: Joaquim Roriz (DF), Mão Santa (PI), Almeida Lima (DF), Geraldo Mesquita (CE) e Garibaldi Alves Filho (RN).
Se aderisse agora ficaria feio, dando a impressão de oportunismo e carreirismo, o que não está de acordo com o seu perfil pol?tico.
Assim, é melhor que fique na oposição mesmo porque o governo de Lula vai precisar de gente que o fiscalize.
Não nos moldes de ACM, José Agripino e Tasso Jereissati, que fazem oposição inconseqüente e rancorosa e sim ao estilo de Jefferson Peres e Pedro Simon.
Por outro lado, ficar na contramão do processo histórico não é novidade para Jarbas.
No passado ele já provou desse tempero e conseguiu sobreviver eleitoralmente.
Foi depois da campanha das “diretas??? quando a emenda Dante de Oliveira foi rejeitada na Câmara Federal e o PMDB chancelou Tancredo Neves como o candidato da nação ao Colégio Eleitoral.
Tancredo juntou-se ao PFL e conseguir derrotar Maluf que era apoiado pelos militares.
Jarbas era deputado federal e tinha direito a voto no processo indireto.
Mas negou-se a comparecer ao Colégio por ter assumido compromisso público de que não ajudaria a legitimá-lo.
Ficou isolado no processo tal qual se encontra agora no PMDB, mas sobreviveu.
Por isso, o seu lugar é mesmo na oposição.