Do blog de Paulo Henrique Amorim A revista Carta Capital que chega às bancas nesta sexta-feira, dia 24, traz na capa uma reportagem sobre o relatório da delegada do 78º DP, Elisabete Sato, que concluiu que o assassinato de Celso Daniel foi um crime comum.
A investigação que descarta crime pol?tico foi encaminhada à Justiça no dia 26 de setembro, mas foi abafada e só se tornou pública agora.
O repórter que escreveu a matéria de capa da Carta Capital, Raimundo Pereira, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira que "tem a impressão que os procuradores de Santo André vão pedir uma terceira investigação do caso". "Eu falei para o Wider (Roberto Wider, um dos principais representantes do grupo de promotores de Santo André): vocês estão trabalhando com 10% de chances", disse Pereira.
Raimundo Pereira disse que a tese dos promotores, difundida pela imprensa, liga as denúncias de corrupção na prefeitura de Santo André ao assassinato de Celso Daniel. "Ligar as duas coisas, que é este o assunto, é muito dif?cil", disse o repórter.
A ligação, segundo explicou Raimundo Pereira, é o preso Dion?sio de Aquino Severo, que fugiu da penitenciária de Guarulhos de helicóptero.
A tese de quem defende o crime pol?tico é que Dion?sio, a mando de Sérgio Gomes (o Sombra) contratou a quadrilha liderada por Ivan, o Monstro, para executar Celso Daniel.
Sobre essa linha de racioc?nio, a reportagem de Raimundo questiona: "Quais são as provas que os promotores apresentaram aos delegados Armando Costa, na primeira investigação, e à delegada Elizabete Sato, na segunda, para sustentar sua tese?
A delegada já disse, como se viu, que eles não apresentaram qualquer prova.
Apenas algumas suposições que, sem provas, são, como ela afirma, ‘quase nada’".
Leia aqui a ?ntegra da entrevista com Raimundo Pereira.