Por Sérgio Montenegro FilhoRepórter especial do JC e colunista do JC OnLine Ensina o Dicionário Aurélio que a palavra "coalizão" significa, em primeiro lugar, "acordo entre partidos pol?ticos para um fim comum".
Até a?, é poss?vel justificar o acerto pol?tico que o presidente Lula vem costurando - de forma intensa e até um tanto desesperada - com a grande e amorfa bancada do fragmentad?ssimo PMDB no Congresso Nacional, como forma de assegurar maioria para aprovar as propostas e projetos do seu segundo mandato.
O "pai dos burros", porém, traz outros significados, digamos, menos dignos, para a palavra.
Entre eles, sugere até a formação de cartel, quando define o termo "coalizão" como "uma aliança entre produtores de uma mesma categoria para tirar vantagens comuns ou lucros arbitrários, ou ainda proteger-se da concorrência desleal".
Nesse caso, leia-se como "concorrência" a oposição.
Se será desleal ou não, só o futuro dirá.
O fato é que, mais uma vez, Lula divide o comando do Pa?s com um bloco instável e pouco confiável, cujo objetivo único e obssessivo é o poder.
Ou alguém duvida que um gigantesco saco de gatos tem mais organização e afinidades que o PMDB?
O partido foi criado em 1966, com o aval da ditadura militar, para hospedar toda a oposição ao regime - diferenciada entre si em idéias, métodos e práticas -, mas perdeu sua finalidade e identidade no momento da redemocratização.
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