Golpista confesso, falso produtor de eventos e metido a militante estudantil, Saulo Batista apresentou uma nova versão para o denominado (pela União por Pernambuco) “Escândalo da Sacolinha”, aquele caso das gravações feitas com o presidente estadual licenciado do PSB, Milton Coelho, e sua esposa, Simone Coelho.
Na primeira versão, Saulo se apresentava como representante de uma empresa de eventos que tentava aprovar um projeto de R$ 5 milhões, em troca de R$ 1 milhão para a campanha de Milton a deputado estadual (leia mais aqui).
Depois de divulgar as gravações em que aparece negociando com Milton e Simone o tráfico de influência na Petrobras, onde pretendia aprovar o projeto relativo ao patroc?nio de um evento, Saulo Batista mudou a versão.
Busca agora inocentar o presidente licenciado.
Disse que fez as gravações a pedido de um grupo adversário de Milton dentro do PSB.
Saulo diz isso em duas cartas encaminhadas ao governador eleito Eduardo Campos e ao próprio Milton (leia aqui as cartas).
Novas gravações divulgadas ontem pelo blog de Magno sugerem que a armação contra Milton Coelho teria sido combinada com Eduardo Leocádio, membro do diretório estadual do PSB (veja aqui a transcrição das gravações).
Sugerem ainda que Leocádio e Saulo agiam em acordo com o jornalista Jair Pereira, adversário de Milton Coelho no partido e também candidato derrotado a deputado estadual.
Para entender melhor a nova versão de Saulo Batista: Do blog de Magno O ex-militante estudantil Saulo Batista, pivô do que ficou conhecido como Escândalo da Sacolinha, volta à cena pol?tica para desfazer o que ele chamou de “grave erro cometido” contra a fam?lia do presidente licenciado do PSB pernambucano, Milton Coelho.
Em carta encaminhada a Milton, a que este blog teve acesso com exclusividade, Saulo afirmou que as gravações feitas durante a campanha eleitoral deste ano com o socialista e a sua esposa, Simone, nas quais ambos aparecem sugerindo uso de dinheiro público em esquema de caixa dois para financiamento de campanha, foram resultado de uma armação pol?tica para arruinar a carreira pol?tica de Milton.
Saulo diz que os diálogos contidos nas gravações sofreram modificação a fim de incriminar Milton, que o plano levou três meses para ser arquitetado e que o tempo todo esteve a serviço de grupo pol?tico, que, por razões pessoais, preferiu inicialmente não identificar.
Saulo, também, enviou carta ao governador eleito Eduardo Campos, desta vez informando que, ao contrário do que pensou Milton a princ?pio, a armação pol?tica a que se referiu não partiu do grupo pol?tico que apoiou a candidatura a governador de Mendonça Filho.
Foi, segundo ele, uma encomenda feita por integrantes do próprio PSB.
Para provar as novas denúncias, Saulo Batista fez nova gravação, em poder deste blog.
Desta vez com o candidato derrotado a deputado federal pelo PSB, Eduardo Leocádio, membro do Diretório Estadual do partido.
Na gravação, há evidências da participação de outros socialistas na armação contra Milton. “Eu não tenho interesse nenhum em estar fazendo isso a?, em estar tocando processo judicial.
O que havia ali era uma operação pol?tica, e agora que acabou, ninguém tem mais interesse em estar mantendo isso a?”, diz Saulo a Leocádio, em um dos trechos da gravação, que publicaremos em seguida.
Na mesma gravação, Leocádio anuncia o objetivo da trama: “Naquela época, eu queria que ele (Milton Coelho) renunciasse (à presidência do PSB), não queria que se afastasse.
No dia em que Saulo divulgou as gravações na imprensa, Milton entregou nota aos jornalistas afirmando estar sendo v?tima de armação e anunciando que, naquele momento, estava se licenciando da presidência do partido.
As cartas enviadas por Saulo estão assinadas por ele e com assinatura reconhecida em cartório.
EMBOSCADA – A poucos dias do primeiro turno das eleições de outubro, antes de Saulo voltar atrás no plano de destruir a candidatura e a vida pol?tica de Milton Coelho, Leocádio também gravou uma conversa com Saulo na qual o ex-l?der estudantil confirma versão de Milton para as conversas sobre uso de caixa dois na sua campanha. “O pessoal, agora, tentou fazer uma emboscada e viu a merda que deu.
Milton tentou fazer uma emboscada pra mim e viu a merda que deu”, diz Saulo.
Na nota entregue à imprensa na época, Milton informa que as conversas que teve com Saulo Batista faziam parte de um plano para prendê-lo em flagrante.
Ele se referia especialmente ao trecho da conversa mais explorado pela imprensa e por candidatos adversários durante a campanha, onde o socialista diz como Saulo deveria entregar-lhe R$ 350 de caixa dois para a sua campanha, em um shopping da cidade.
A gravação feita por Leocádio, um dos responsáveis pela armação contra Milton, terminou servindo de prova em favor de Milton, e o tiro, saindo pela culatra.
A intenção de Leocádio era provar a correligionários que estava sendo pressionado por Saulo para receber o valor correspondente ao pagamento dos serviços prestados.