O presidente estadual licenciado do PSB, Milton Coelho, tem evitado falar sobre o "escândalo da sacolinha".

Por telefone, faz um rápido comentário sobre a tentativa de envolvimento do jornalista Jair Pereira, seu adversário no partido, nas acusações contra ele: "Não acuso Jair porque as provas que estão sendo mostradas não mencionam ele ativamente como responsável pela farsa, indicam outras pessoas".

Mais não quis falar.

Mandou apenas uma nota, que publico a seguir: NOTA DE MILTON COELHO Diante da divulgação de provas que esclarecem a farsa envolvendo meu nome durante a campanha eleitoral deste ano, apenas ratifico a nota divulgada no dia 23 de setembro último, cujos termos, agora, se confirmam, deixando claro que fui v?tima de uma armação pol?tica por interesses escusos, o que só me faz lamentar por tudo que passei com minha fam?lia em conseqüência da irresponsabilidade cometida.

Repudio que nos dias de hoje ainda haja militantes que recorram a expedientes como esse para fazer enfrentamento pol?tico.

Abomino essa prática que demonstra falta de caráter e formação pol?tica!

Não acuso ninguém individualmente.

As provas existentes falam por si, pois são eloqüentes.

Para minha surpresa, não deixam dúvidas a respeito dos fatos e de sua autoria.

A esse respeito, deixo que a Procuradoria Eleitoral e a Pol?cia Federal se encarreguem de nomear pessoas e adjetivá-las, uma vez que não cabe a mim essa tarefa.Sobre o ocorrido e seu desdobramento, só me manifestarei pessoalmente após a conclusão das investigações que estão em curso pelos dois órgãos acima mencionados.

Milton Coelho ——————————— "É muito estranho que, agora, Saulo e Milton estejam com a mesma versão" Eduardo Leocádio, mais novo personagem do "escândalo da sacolinha", insiste que as gravações transcritas e a última versão de Saulo Batista não correspondem à verdade.

Candidato a deputado federal pelo PSB derrotado nesta última eleição, Leocádio conversou com Cec?lia Ramos, repórter do Blog e disse o seguinte: O que você tem a dizer sobre as últimas revelações sobre o "escândalo da sacolinha", agora envolvendo você?É muito estranho que, agora, Saulo e Milton estejam com a mesma versão. É até curioso como as coisas só agora começaram a se encaixar.

O cara (Saulo) vai lá e diz que armou e o outro (Milton) diz: "Estão vendo, eu sou inocente".

E fica assim mesmo…

Milton diz que Saulo prova agora tudo…

Mas e as gravações supostamente transcritas?Colocaram no ar parte distorcida da transcrição.

Fica bem claro isso.

As frases estão fora do contexto e truncadas para me comprometer.

E tem até uns trechos que foram modificados.

Outros, de fato, correspondem a afirmações que eu fiz, mas, repito estão fora do contexto, e foram manipuladas para me prejudicar. É só publicar a transcrição real.

A conversa que realmente houve e não a manipulação.

Quem tem interesse em prejudicar você?

Não sei.

O que cabe a mim estou fazendo.

E o que cabe a você?Primeiro, estou tentando resolver essa história entre as pessoas mais próximas a mim no partido.

As pessoas que eu tenho consideração receberam cópia integral da gravação.

Qual é a sua relação com Saulo Batista?

Ele se referiu a você como "um amigo de longa data"…Eu conversei com Saulo umas quatro vezes na minha vida.

Já recebi ele no meu escritório.

Mas depois disso, foram poucos encontros em eventos em comum e não porque eu ia receber ele.

Não sou amigo de Saulo.

Quando foi seu último encontro com Saulo?Numa quinta-feira antes da eleição do primeiro turno (das eleições para o Governo de Pernambuco).

E nesse meu último encontro com Saulo eu gravei tudo por precaução.

Já disse, é só publicar a ?ntegra da transcrição real.

Foi eu mesmo que gravei.

Segundo Saulo Batista, a armação combinada entre você e ele seria inicialmente conta o vereador Danilo Cabral (à época, coordenador geral da campanha de Eduardo) e depois atingiria Milton Coelho (presidente estadual licenciado do PSB).

Você, segundo Saulo, teria intenção de prejudicá-los.

Isso procede?Eu não vou comentar sobre essas coisas.

Foi como eu lhe disse, primeiro estou resolvendo as coisas com as pessoas próximas a mim dentro do partido (Leocádio é ligado a Jair Pereira, candidato a deputado estadual derrotado nesta eleição).

Essa história de segregação no partido não existe.

Não existe grupo de A (Jair Pereira) e nem de B (Milton Coelho). *Eduardo Leocádio interrompeu a entrevista, afirmando que não tinha tempo de falar porque estava entrando em uma reunião. "Depois falo mais com você para dar mais detalhes.

Deixa eu falar com quem eu tenho que falar", finalizou Leocádio.