Assim que desembarcar no Recife, no sábado, após três dias em Portugal, o governador eleito Eduardo Campos (PSB) entra na reta final para definir os nomes que comporão sua equipe.

Na segunda-feira, à noite, conversou longamente com o prefeito do Recife, João Paulo (PT), no escritório da equipe de transição, no Recife.

Discutiu como poderia contemplar o PT no secretariado sem que a briga entre os grupos de João Paulo e Humberto Costa contamine o governo.

O prefeito prometeu ajudar e disse que espera ampliar ainda mais as parcerias que vem mantendo com as administrações Jarbas Vasconcelos (PMDB)/Mendonça Filho (PFL).

Na véspera, João Paulo já havia tido outra longa reunião com o vice-governador eleito, João Lyra Neto (PDT), coordenador da equipe de transição de Eduardo.

Foi no domingo à noite, na casa do prefeito, no Recife.

A conversa durou cerca de duas horas.

Apesar das pressões, Eduardo tem feito o poss?vel e o imposs?vel para evitar especulações sobre o secretariado.

Discretamente, conforme noticiou Inaldo Sampaio, colunista de Pol?tica do Jornal do Commercio, o governador eleito já conversou com Humberto, Inocêncio Oliveira (PR), Armando Monteiro Neto (PTB) e Renildo Calheiros (PCdoB).

Retomará as conversas com os l?deres dos 18 partidos que o apóiam neste final de semana, quando também aprofundará a análise da radiografia que sua equipe de transição faz do Estado.

Nos próximos dias, inclusive, ele promoverá reuniões mais ampliadas com técnicos e especialistas - além dos que já trabalham na transição -, que deverão compor sua equipe.

Eduardo está finalizando o que precisava da transição: 1) Ter segurança em relação aos números e às situações econômica, financeira e administrativa do Estado; 2) Saber se os programas existentes hoje na administração Mendonça são compat?veis com os que pretende implementar, previstos no programa de governo; e 3) Definir o que precisa ser feito para implementar os novos programas.

Com essas questões resolvidas, definidos o norte e as prioridades para cada área, pode concluir as conversas pol?ticas sem o risco de promover um puro e simples loteamento dos cargos do governo entre os aliados (pelo menos em tese). “Todos terão participação.

Faremos uma boa composição pol?tica porque vamos evitar a criação de ilhas dentro do governo???, promete um dos mais próximos (e otimistas) auxiliares de Eduardo.