O governador Mendonça Filho (PFL) rebateu, hoje, as declarações do governador eleito Eduardo Campos (PSB), a respeito do balanço financeiro (dados de convênios e contratos) feito pela equipe de transição da atual gestão.
No último dia 17, Eduardo disse: "Não se pode dizer tecnicamente que esses contratos são dinheiro em caixa.
Uma coisa é promessa, outra coisa é dinheiro vivo.
Isso tem que ficar claro para a população.
Mas eu não estou preocupado com isso.
Quando eu assumir vou abrir o Siafem para trás".
No mesmo dia, o coordenador da equipe de transição do governo Mendonça Filho, o secretário de Planejamento Cláudio Marinho disse ao Blog que Mendonça deixará "garantido" mais de R$ 1 bilhão para o sucessor investir a partir de 2007.
Ele esclareceu que: "Dinheiro em contrato de empréstimo assinado é dinheiro vivo; dinheiro que vem da redução do pagamento da d?vida é dinheiro vivo; dinheiro que vem do contrato da conta única é dinheiro vivo; dinheiro que o governo consegue poupar para investir, programado para 2007, também é dinheiro vivo, azul-e-branco.
Somando tudo dá mais de R$ 1 bilhão".
A resposta de Mendonça "Me causou espécie o governador eleito desqualificar os dados apresentados pela nossa equipe.
Estamos fazendo uma transição transparente, responsável e com civilidade pol?tica.
Por isso, não compreendo a apreensão de quem vai receber o Estado em ordem, equilibrado e com mais de R$ 830 milhões para aplicar em projetos estratégicos".
Munido de tabelas e documentos, Mendonça reforçou o que Marinho havia dito: as verbas existem.
E demonstrou, inclusive, que algumas parcelas já foram recebidas.
Citou como exemplos o Prometrópole (com R$ 56,4 milhões já liberados, de um total de R$ 99,9 milhões) e o programa de Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata (com R$ 75,5 mil liberados, de um total de R$ 195,5 milhões).
O recado para Eduardo "O trabalho da transição cabe à minha equipe, coordenada pelo secretário Cláudio Marinho.
Mas se precisar de uma posição pol?tica do governador, darei a minha visão do assunto", avisou Mendonça, disposto a entrar pessoalmente no circuito se as discussões descambarem para o campo pol?tico.
Comparação com o Governo Arraes "Quem acompanhou a transição em 1998 (de Arraes para Jarbas Vasconcelos) sabe que ela praticamente não existiu, assim como não houve a transmissão de cargo.
A imprensa tem seus arquivos. É só procurar as reportagens da época", disse Mendonça Filho, relembrando o fato de Arraes não ter passado o cargo pessoalmente a Jarbas.