Por Fernando CastilhoNo Jornal do Commercio de hoje O governador-eleito de Pernambuco, Eduardo Campos, vai precisar romper, ainda este ano, um dique no Senado Federal.

Um dique que desde agosto impede a autorização e aprovação para a Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) elevar seu limite de endividamento em até R$ 5,6 bilhões, a fim de contratar operação de crédito com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para a construção de 26 navios que serão feitos no Brasil.

Isso interessa diretamente a Pernambuco porque, como se sabe, o estaleiro Atlântico Sul, liderado pela Construtora Camargo Corrêa, venceu a licitação para fazer 10 supernavios (Suezmax) no valor de US$ 1,2 bilhão.

Sem o empréstimo, não tem pedido e, sem pedido, não tem estaleiro em Suape que, aliás, já começou a construir sua infra-estrutura a um custo de R$ 98 milhões, gastos num acesso ferroviário, outro rodoviário de 4,5 quilômetros e mais a dragagem de 4,2 milhões de m³ de terra na Ilha de Tatuoca.

Sem o contrato de financiamento, a Camargo Corrêa, que venceu outra licitação para fazer as obras de infra-estrutura, parou os serviços de dragagem em agosto.

Primeiro, porque oficialmente não pode começar a construir o estaleiro sem a encomenda.

Depois, porque não recebeu R$ 36 milhões de serviços já executados na dragagem, mas que virão da União.

Pelo que observa, apenas Pernambuco cumpriu sua parte.

Pagou, terça-feira, a última parcela dos R$ 43 milhões que se comprometeu a gastar em Suape, este ano.

Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).