Projeção pol?tica, influência no Poder Judiciário e numa categoria que reúne, em Pernambuco, cerca de 15 mil profissionais (cerca de 10 mil aptos a votar).
Não são outras as razões para que tenhamos hoje no Estado uma eleição tão acirrada pela presidência local da Ordem dos Advogados do Brasil.
Em Pernambuco, dois grupos fortes estão concorrendo.
O liderado por Julio Oliveira, atual presidente da seccional pernambucana e candidato à reeleição, e do procurador estadual Jayme Asfora, ex-presidente da agência de regulação de Pernambuco (Arpe).
Um dos dois assumirá o comando local da OAB nos próximos três anos.
Um deles poderá desfrutar do prest?gio constru?do pela Ordem nas últimas décadas em movimentos sociais contra, por exemplo, a ditadura militar, em favor dos direitos humanos, pelo impeachment de Collor e contra a corrupção no governo Lula.
A OAB é uma das entidades mais respeitadas do pa?s.
Seu presidente pode ocupar espaço de destaque na pol?tica estadual ou brasileira.
O cargo não é remunerado.
Representa pouco em termos de ganhos pessoais diretos (salários, mordomias etc.).
Mas conta com um razoável orçamento à disposição, cerca de R$ 5 milhões anuais.
O cargo também significa conquistar poder dentro do Judiciário.
Além de ser o conciliador nos conflitos entre advogados, ju?zes e a burocracia do Poder, o presidente da OAB desempenha um papel importante na escolha de um quinto dos membros do Judiciário.
A cada cinco membros dos tribunais de Justiça de Pernambuco, Regional do Trabalho e Regional Federal, um é escolhido pelos advogados, em eleição direta.
E a direção da OAB desempenha papel importante nessa escolha.
Tudo isso significa acumular influência dentro do Judiciário.
Não é pouco para quem deseja avançar na carreira de advogado. É muito para quem tem planos de se tornar um l?der pol?tico respeitado em Pernambuco.
Pesquisa mostra empate entre Julio e Jayme Veja aqui os resultados da última pesquisa de intenção de voto realizada pela Contagem Consultoria.
Leia aqui também uma análise dos números.