Por César RochaDo Blog no Jornal do Commercio O deputado federal eleito e ex-presidente da Infraero Carlos Wilson Campos (PT) defendeu ontem que o governador eleito Eduardo Campos (PSB) fique longe das divisões internas do PT em Pernambuco.

Para ele, Campos cometerá um erro grave caso decida discutir a formação de seu governo com os grupos do ex-ministro Humberto Costa e do prefeito do Recife, João Paulo, separadamente. "Será um erro Eduardo fazer alguma indicação individual do grupo de quem quer que seja, por mais forte que seja", afirmou, em entrevista à rádio JC/CBN. "Se as tendências não se entendem entre elas, calcule com um quadro de fora.

Eduardo é do PSB e, pelo que ele me disse, reconhece profundamente o apoio recebido do PT.

Mas o PT que resolva como é que vai participar e se vai participar do governo", acrescentou. (…) Jarbas Carlos Wilson defendeu, inclusive, que Jarbas respeite a posição do PMDB, caso o partido decida apoiar Lula, e se integre à base do governo ou que mude de legenda. "Partido é partido, nós temos que obedecer a maioria do partido.

Então, com toda a representatividade que Jarbas tem e sabendo que ele é uma pessoa muito disciplinada, eu acho que ele vai conversar com a maioria do partido.

Infelizmente tem uma coisa que no Brasil acontece muito, que é a troca de partido, que enfraquece os partidos.

Não existe a fidelidade partidária.

Se o deputado ou senador ou o governador não está enquadrado naquele partido, antes da reforma pol?tica, que deve ser a primeira encaminhada ao Congresso Nacional, ele deve se filiar, se juntar a um outro partido, que seja de oposição fechada ao governo federal.

Porque fica ruim para o PMDB, o próprio Jarbas sabe disse.

Não dá para o PMDB ter quatro, cinco ministérios e depois uma parte do PMDB ficar votando contra o governo", afirmou.

Eleição de 2008 Carlos Wilson foi claro também sobre a disputa para prefeito do Recife, daqui a dois anos, quando João Paulo encerra seu segundo mandato.

Com mais de 30 mil votos recebidos no munic?pio, Wilson disse que não aceita prato feito.

Com essa votação, ele quer ser ouvido.

Apesar de considerar extremamente prematura a discussão neste momento, a dois anos da eleição, afirma que todo o PT deve ser consultado sobre a indicação do sucessor de João Paulo.

Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).