O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deve voltar a Pernambuco, em 7 de janeiro, caso reeleito, para visitar de novo o local onde será implantada a refinaria Abreu e Lima, projeto de US$ 2,8 bilhões desenvolvido numa parceria entre as estatais brasileira e venezuelana de petróleo (Petrobras e PDVSA).

Antes de vir ao Estado, Chávez tem reunião de trabalho com o presidente Lula, a diretoria da Petrobrás e o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em Bras?lia, para discutir as pendências técnicas e pol?ticas na parceria para montagem da refinaria.

Após acompanhar Lula na visita que fez à Venezuela, ontem e domingo à noite, Eduardo Campos disse hoje, em conversa por telefone com o Blog, que a Petrobras e a PDVSA deram mais um passo fundamental para consolidar a parceria.

Em um evento fora da agenda oficial, na tarde desta segunda-feira, Lula e Chávez estiveram numa área próxima ao rio Orinoco, na região de Carabobo, para participar de ato de certificação internacional de uma nova reserva de petróleo da Venezuela.

A reserva, com cerca de 49 milhões de barris, será explorada em conjunto pela Petrobras e PDVSA.

Essa exploração era uma das contrapartidas exigidas pela estatal brasileira para que a venezuelana entrasse no projeto da refinaria Abreu e Lima, e colocasse um pé importante no mercado brasileiro. (Assinantes do JC e UOL, leiam mais aqui).

Mas faltava uma comprovação internacional da existência do manancial para que as duas companhias pudessem dar andamento ao acordo.

Há outras dificuldades técnicas que ainda precisam ser resolvidas, diz Eduardo.

Entre elas, a definição de qual o tipo de petróleo que a venezuelana irá processar na refinaria de Pernambuco.

Sem isso, não há como estabelecer a tecnologia a ser utilizada na planta de refino e, portanto, iniciar a construção do empreendimento.

Pelo menos a parte do projeto que diz respeito à PDVSA.

A refinaria processará cerca de 200 mil barris por dia.

Serão 100 mil da Petrobras e 100 mil da estrangeira.

Cada uma fará o refino em unidades distintas, que serão integradas.

A Petrobras já definiu o petróleo que utilizará.

E está apta a implantar sua parte na refinaria.

Ela deve começar a construção em julho.

A PDVSA ainda não tomou essa decisão.

Essas são algumas das questões a serem fechadas na reunião entre Lula, Chávez, Petrobras, PDVSA e governo eleito, em janeiro. (Nota às 17h35: por problemas técnicos, perdemos o texto publicado aqui no in?cio da tarde.

Tivemos que reescrevê-lo.

O resultado é o que está acima).