Por Sérgio Montenegro FilhoNo Jornal do Commercio, hoje Algumas mazelas da cultura pol?tica brasileira parecem não ter remédio.
O adesismo é uma delas.
Basta mudar um governo que logo vem aquele enxame de prefeitos, vereadores e lideranças do interior oferecendo apoio em troca de espaço.
Ou melhor: de verbas públicas e projetos. É algo que desespera os dirigentes partidários, como agora ocorre com o PFL, que optou por medidas extremas para tentar evitar o inevitável.
Vai expulsar um militante histórico, o deputado estadual Geraldo Coelho, para dar o exemplo aos demais.
A idéia, porém, deve evitar muito poucas adesões.
Até porque, Geraldo anunciou apoio a Eduardo Campos por uma questão pol?tica, antes da votação em segundo turno.
Diferente dos prefeitos e l?deres que só depois da derrota de Mendonça Filho (PFL) pensam na migração.
Olhando por outro ângulo, essa debandada não é culpa exclusiva do fisiologismo inaugurado há décadas pela chamada “pol?tica dos coronéis???.
A raiz é mais profunda.
Com os cofres vazios, e recebendo apenas umas migalhas do Fundo de Participação dos Munic?pios - cada vez menor -, os prefeitos terminam recorrendo a quem está no poder estadual, em busca de alternativas.
Mas se engana quem acha que a maioria deseja o bem-estar da sua cidade e seus habitantes.
A busca por verbas e projetos é movida, via de regra, pela sobrevivência pol?tica.
Com cada um pensando na reeleição ou na manutenção do poder local para aliados.
Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).