O deputado federal eleito Carlos Wilson Campos (PT) espera ver o PMDB apoiando o segundo governo Lula de forma institucional, a partir de uma decisão partidária.
Afirmou isso em entrevista concedida a Marcos Araújo e a mim, hoje cedo, na rádio JC/CBN.
Ele defende que o ex-governador de Pernambuco e senador eleito Jarbas Vasconcelos siga a decisão majoritária do partido ou tome outro caminho pol?tico.
Nos últimos dias, Jarbas deixou claro que continuará na oposição e que Lula não espere contar com todo o PMDB apoiando seu governo.
Veja aqui o disse o senador eleito.
Wilson discorda: "Partido é partido, nós temos que obedecer a maioria do partido.
Então, com toda a representatividade que Jarbas tem e sabendo que ele é uma pessoa muito disciplinada, eu acho que ele vai conversar com a maioria do partido.
Infelizmente tem uma coisa que no Brasil acontece muito, que é a troca de partido, que enfraquece os partidos.
Não existe a fidelidade partidária.
Se o deputado ou senador ou o governador não está enquadrado naquele partido, antes da reforma pol?tica, que deve ser a primeira encaminhada ao Congresso Nacional, ele deve se filiar, se juntar a um outro partido, que seja de oposição fechada ao governo federal.
Porque fica ruim para o PMDB, o próprio Jarbas sabe disse.
Não dá para o PMDB ter quatro, cinco ministérios e depois uma parte do PMDB ficar votando contra o governo", afirmou.
Na opinião de Carlos Wilson, o presidente Lula não pode repetir os erros do primeiro governo, quando as negociações foram feitas de maneira individualizada, diretamente com os parlamentares. "É preciso compromisso pol?tico em cima de programas, tem que ser em cima de partidos, sob pena de se virar, como o próprio presidente Lula diz, uma grande salada e ninguém vai se entender.
A pior coisa que se pode comenter é se o governo tentar cooptar deputados individualmente", alertou.