Do blog de José Dirceu Raimundo Rodrigues Pereira é um dos maiores jornalistas do Brasil.

Editou a revista Veja nos anos 70.

Trabalhou na revista Realidade, nos jornais alternativos Movimento e Opinião, fundou o jornal Retrato do Brasil e editou a revista Reportagem.

Hoje, edita a revista Retratos do Brasil.

Especialista nas áreas financeiras e da ciência, é também um grande analista pol?tico – e fez uma das melhores matérias da campanha presidencial, para a Carta Capital, contando como o delegado Edmilson Bruno entregou à imprensa as fotos do suposto dinheiro para a compra do dossiê dos Vedoin.A matéria, que teve enorme repercussão, revela como Estadão, Folha e TV Globo omitiram informações relevantes sobre o vazamento, porque elas colocavam a nu o uso que esses meios pretendiam fazer das fotos: combater a candidatura Lula.Em entrevista ao blog, Raimundo fala sobre a apuração dessa matéria e sobre a atuação pol?tica da grande m?dia brasileira.

Para ele, os jornalistas também precisam pensar sobre a sua responsabilidade com relação à matérias que publicam: a (má) apuração, a pauta dirigida, não pode ser atribu?da apenas aos interesses dos donos dos ve?culos, embora eles sejam decisivos."Os jornalistas se escoram numa idéia de liberdade de imprensa que é um desastre.

Depois que eles divulgam uma coisa que corresponde a um monte de interesses, eles dizem que aquilo é um fato, que todo o fato tem que ser divulgado por si, como se os fatos se apresentassem nas páginas de jornais por si", diz Raimundo. "A imprensa, nas grandes empresas do Brasil, está fazendo um jornalismo de má qualidade.

O jornalismo é a coisa mais próxima da pol?tica que existe.

Nós estamos pesquisando para fazer um ensaio, propondo um novo projeto de imprensa".

Esse novo projeto poderia, na opinião de Raimundo, ser apoiado pelos partidos pol?ticos de esquerda, como o PT, o PCdoB e o PSB.

A iniciativa é importante para garantir vozes diversas na publicação de not?cias e porque a tendência das grandes empresas de m?dia, de acordo com Raimundo, é reduzir a qualidade do conteúdo destinado a assinantes de menor poder aquisitivo.

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