Da Agência Estado Faltando 40 dias para acabar, a CPI dos Sanguessugas esfriou e corre o risco de terminar melancolicamente, com a aprovação de um relatório final p?fio sem apontar os culpados no Executivo pelo esquema de compra superfaturada de ambulâncias pelas prefeituras.
Passadas as eleições e depois de pedir a cassação de 69 deputados e três senadores acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias, os integrantes da CPI não escondem sua falta de motivação com os trabalhos da comissão e com as investigações sobre os responsáveis pela elaboração do dossiê contra pol?ticos tucanos"As investigações da Pol?cia Federal e do Ministério Público estão bem à frente da apuração da CPI.
O que podemos é dar reforço para que as investigações prossigam.
Esse caso do dossiê é um fato complexo, extremamente técnico e o Congresso Nacional não dispõe de recursos para fazer esse trabalho", resumiu o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
Ele pretende apresentar seu relatório final no dia 13 de dezembro.
Mas antecipa que o texto será basicamente "propositivo" e se limitará a apresentar "um retrato dos fatos" e das investigações feitas pela Pol?cia Federal. "Não tem nada de novo; não tem nada de retumbante", afirmou Lando. ———– Do blog de Josias de Souza "Acordão" deve antecipar fim da CPI em um mês O presidente da CPI das Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), informou reservadamente a alguns parlamentares que a comissão deve ser encerrada bem antes do previsto.
Segundo Biscaia, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), lhe informou que pretende concluir o seu relatório ainda neste mês de novembro.
Confirmado o prazo, as investigações terminariam um mês antes do previsto. (…) Costurado com a participação do Palácio do Planalto, o acordo visa pôr uma pedra em cima das apurações do Legislativo, deixando a cargo apenas da Pol?cia Federal e do Ministério Público o desfecho do caso.
Como os fatos sob investigação alcançam também o governo FHC, PSDB e PFL participam ativamente da conspiração contra a postergação dos trabalhos da CPI.
O acerto começou a ser surtir efeitos nesta semana, nas sessões em que foram inquiridos os ex-titulares da pasta da Saúde.
Foram “convidados??? quatro ex-ministros –dois do governo FHC, José Serra e Barjas Negri; e dois da gestão Lula, Humberto Costa e Saraiva Felipe.