Por Kennedy AlencarNa Folha de S.Paulo de hoje O presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula diretamente a sua maioria parlamentar no Congresso com expedientes que lembram o "Centrão" da Assembléia Nacional Constituinte de 1987-1988.

O eixo do "centrão de Lula" deve ser o PMDB.

Terá, à direita, aliados do primeiro mandato enfraquecidos com a crise do mensalão, como PP, PL e PTB.

O PT permanece com força no campo da esquerda do "centrão", mas terá que dividir o estrelato também com legendas de esquerda que cresceram politicamente, como o PSB. "A meu ver, não haverá na base parlamentar nenhuma diferença significativa, a não ser o aumento da presença do PMDB e, conseqüentemente, a redução de postos do PT", afirma o cientista pol?tico Leôncio Martins Rodrigues.

Diferentemente do primeiro mandato, no qual abandonou gradativamente o contato com os Estados, desta vez Lula trabalha para assegurar o apoio de pelo menos 17 dos 27 futuros governadores.

Eles serão vitais para o sucesso da articulação, e em troca deverão ganhar apoio a seus pleitos e verbas federais.

O PDT, surpresa eleitoral em outubro com dois governadores eleitos, também está sendo atra?do para a coalizão.

Isolado, o PT continuará a resistir ao inchaço.

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