As equipes de transição do governador eleito Eduardo Campos (PSB) e do governador Mendonça Filho (PFL) acabaram há pouco sua primeira reunião de trabalho para a troca de informações sobre o funcionamento da máquina administrativa estadual.

Entre as primeiras medidas concretas acertadas, os assessores de Mendonça concordaram em marter nos cargos parte dos 7,5 mil servidores que ocupam funções comissionadas e gratificadas.

Houve um consenso entre eles de que, pelo menos por algum tempo, no in?cio do novo governo, é preciso manter uma parcela desse pessoal onde está para evitar qualquer risco de descontinuidade na prestação dos serviços públicos.

O número exato dos que seguem nas funções, porém, será definido mais adiante, segundo o vice-governador eleito e coordenador da equipe de transição de Eduardo, João Lyra Neto. "Há um compromisso do governo de manter todos os necessários para que a máquina continue funcionando", disse Lyra.

A reunião ocorreu em clima de cordialidade.

O grupo liderado por Lyra Neto apresentou um of?cio solicitando um conjunto amplo de informações técnicas sobre oito assuntos distintos.

Dados sobre: 1 - Estrutura administrativa 2 - Demonstrativo das licitações 3- Contratos diversos 4- Despesas previdenciárias 5- Convênios 6- Orçamento 2007 7- Finanças 8- Projetos de lei do Executivo (em tramitação na Assembléia).

O coordenador da transição pelo lado do governo, o secretário de Planejamento, Cláudio Marinho, explicou que haverá um esforço concentrado para que o maior número poss?vel de informações técnicas seja repassado já no próximo encontro da transição, marcado para quinta-feira da próxima semana, às 9h30.

Segundo Marinho, os dois grupos têm uma preocupação comum, que é garantir o abastecimento de áreas com serviços públicos essenciais.

Da? o interesse da equipe de Eduardo em relação aos contratos. "Estamos atentos principalmente à garantia de abastecimento nas áreas de Educação e Saúde, dos hospitais, entre outras", lembrou o secretário.

Outra preocupação importante, segundo Marinho e Lyra, é com as estatais, as empresas da administração indireta.

Ao longo dos próximos encontros da transição, os presidentes das estatais - como Compesa (saneamento), Suape (Porto) e Copergas (gás natural) - serão convidados para fazer apresentações espec?ficas e aprofundadas sobre suas estruturas, composições acionárias, mercados e dificuldades operacionais ou técnicas.