O governador Mendonça Filho (PFL) não quer saber de marola nestes últimos dois meses de administração e de transição.

Pela manhã, durante inauguração de uma unidade da Honda no Recife, conversou rapidamente com os jornalistas, conforme relato de Monica Crisostomo, repórter de Pol?tica do Jornal do Commercio..

Primeiro, fez questão de evitar conflitos com a equipe de transição do governador eleito Eduardo Campos (PSB).

Tentou reposicionar as declarações de Cláudio Marinho, secretário de Planejamento e indicado por ele para ser o interlocutor do governo na transição.

Marinho, ao apresentar informações que serão repassadas aos socialistas, disse ontem que Eduardo receberá um Estado muito mais equilibrado que o entregue por Arraes a Jarbas, oito anos atrás (esse era um dos principais motes da campanha de Mendonça contra Eduardo).

Mendonça hoje: "O princ?pio que eu tenho recomendado à minha equipe é o de que tudo seja feito com transparência, civilidade e responsabilidade, nesse momento de transição que a gente vive, até o final do ano.

E é dessa maneira que a gente vai conduzir.

Não se trata de nenhum tema que possa ter conotação pol?tica.

O fato é que o Estado está equilibrado.

Não há ai nenhuma interpretação pol?tica.

A argumentação que tenho dado é que ajam somente com transparência e civilidade. (…) Nosso governo vai se encerrar em absoluto equilibrio e eu não vou fazer paralelo com nenhuma outra situação (administração Arraes)." O governador também evitou falar de pol?tica: O senhor já tem definição sobre seu futuro pol?tico?Meu horizonte de futuro pol?tico é até 31 de dezembro.

Eu estou cuidando de governar Pernambuco e entregar a casa em ordem, como vamos fazer.

Temos uma agenda intensa de inaugurações a cumprir.

Na sua opinião, qual será o futuro da aliança?

Eu prefeiro não discutir pol?tica neste momento.

Eu vou cuidar do governo, da administração, e vou cuidar até o último dia.

Comentário meu: Está correto o pefelista.

O momento agora é de fechar os oito anos de administração sem estresse ou algo que possa desgastar sua imagem, já enfraquecida pela derrota para Eduardo.

Encerrado o governo, é começar a construir o caminho que pretende trilhar para que possa se credenciar, no futuro, a um outro cargo majoritário.