Por Sérgio Montenegro FilhoDo Jornal do Commercio O fracasso da candidatura do governador Mendonça Filho (PFL) à reeleição joga, inevitavelmente, uma pá de dúvidas sobre o futuro da aliança governista – formada inicialmente pelo PMDB e PFL e, posteriormente, engordada com o ingresso de outras legendas, entre elas, o PSDB.

Derrotado e prestes a deixar o poder dentro de dois meses, o bloco enfrenta o fantasma das deserções.

Embalados pela necessidade de estarem sempre próximos ao poder, não serão poucos os prefeitos e l?deres pol?ticos, sobretudo interioranos, a aderir ao conjunto de forças que vai, a partir de janeiro, respaldar – e participar – do governo de Eduardo Campos (PSB).

Essa migração se deve, quase que exclusivamente, a uma questão de sobrevivência pol?tica, embora seja estimulada – ou justificada – por uma antiga raiz cultural da pol?tica brasileira: a de estar sempre à sombra das benesses do poder.

De pires na mão De fato, com uma arrecadação fiscal m?nima e com um Fundo de Participação dos Munic?pios, repassado pela União, ainda menor, as prefeituras dependem cada vez mais das pol?ticas de transferência de renda e de ações emergenciais do governo do Estado e do governo federal. “Sem isso, as cidades não sobrevivem.

E os prefeitos não vão ficar na chuva apenas por lealdade pol?tica a Jarbas e Mendonça Filho???, complementa o cientista pol?tico Michel Zaidan, do Núcleo de Estudos Partidários, Eleitorais e da Democracia da UFPE.

Segundo ele, a aliança jarbista estava datada para acabar após o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2002, e o de Jarbas, em 2006. “O governo Lula balançou os alicerces, mas havia Jarbas.

Agora, com o ocaso do PFL, fica dif?cil manter o acordo???, acrescenta Zaidan.

Recado de Gustavo Krause O ex-ministro Gustavo Krause, um dos principais ideólogos do PFL em Pernambuco e no Pa?s, avisa aos desertores: “É preciso ouvir o recado singelo das urnas: fomos mandados para a oposição.

Quem não entender isso e insistir em se manter no poder por interesses pequenos, se transformará em uma massa de manobra disforme e manipulável, e terminará por fazer parte do lixo da história???.Guerra nega adesão do PSDB ao Governo Eduardo Campos “Essa história de dizer que vamos aderir ao PSB é uma fraude, coisa de gente primitiva, de dinossauros da pol?tica que não merecem respeito.

Sou amigo de Eduardo Campos e da fam?lia, mas a relação termina a?.

Não quer dizer apoio".Leia a ?ntegra da reportagem aqui (assinantes JC e UOL).