Por Fernanda KrakovicsDa Folha de São PauloAo procurar senadores isoladamente, e não os partidos de forma institucional, o governo Luiz Inácio Lula da Silva estaria repetindo um erro na relação com o Congresso cometido no primeiro mandato, segundo integrantes da oposição.

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) ligou na manhã de anteontem para os senadores Heráclito Fortes (PFL-PI) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) e pediu apoio para a votação de projetos. "Ele disse que precisava conversar sobre as reformas, mas essa discussão tem que ser tratada via partido", afirmou Heráclito, que orientou Tarso a procurar o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e o l?der do partido no Senado, José Agripino (RN).

No primeiro mandato, o então ministro José Dirceu (Casa Civil) se aproximou dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), que chegaram a se aliar ao governo, apesar de integrarem partidos de oposição.

No caso do PMDB, a interlocução do Palácio do Planalto é feita até hoje com o presidente do Senado, Renan Calheiros, (AL) e José Sarney (AP).

O partido ficou rachado, com seu presidente, o deputado Michel Temer (SP), na oposição.

Após a reeleição, o partido caminha para aderir ao governo Lula de forma majoritária. "Não sei se é inabilidade ou salto alto.

Eles procuram isoladamente pessoas influentes do partido para promover a divisão interna", disse Agripino.

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