Da Folha de São Paulo A procuradora da República Elizabeth Mitiko Kobayashi disse ontem que, pelo seu "entendimento pessoal", os jornalistas da "Veja" não foram intimidados pelo delegado da Pol?cia Federal Moysés Eduardo Ferreira durante o depoimento, como afirma a revista.
Segundo Kobayashi, que acompanhou os esclarecimentos dos jornalistas na sede da PF em São Paulo, houve "imperfeições" nos termos reproduzidos pelo delegado, que foram corrigidos, mas não houve "qualquer ato de intimidação". "O que teria provocado imediata reação de minha parte", disse ela, por meio de uma nota.
Anteontem, a Folha procurou Kobayashi para esclarecer as circunstâncias do depoimento, mas, por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, ela afirmou não querer falar "no calor dos fatos".
A Procuradoria é controladora externa da PF.
A "Veja" acusa o delegado de ter intimidado, pressionado e constrangido os jornalistas.
Diz que os repórteres eram testemunhas no inquérito que apura a ação policial, mas tiveram de responder sobre o posicionamento pol?tico da revista e supostas filiações partidárias.
Ontem, em resposta à versão divulgada pela Procuradoria, a revista "Veja", que tem Eur?pedes Alcântara como diretor de Redação e Mario Sabino como redator-chefe, emitiu nova nota na qual diz que os fatos relatados não foram desmentidos e que apesar de o entendimento da procuradora ser diferente, seus repórteres se sentiram intimidados.
Leia aqui as ?ntegras das notas divulgadas pela revista "Veja" e pela procuradora Elizabeth Mitiko Kobayashi.