Por Jorge CavalcantiDo JC especial para o Blog O PPS e o PMN vão tentar definir hoje a data para a convenção individual em que será votada a fusão dos dois partidos com o PHS para formar o Movimento Democrático (MD) e superar a cláusula de barreira.

Segundo o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, primeiro suplente do senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB), cada sigla tem que aprovar a medida separadamente.

E, em uma convenção conjunta, selar a fusão.

A formação do MD foi a alternativa encontrada pelas três siglas para não ca?rem no ostracismo pol?tico, sem dirieto a verba do fundo partidário e participação nas comissões do Congresso Nacional.

Estas restrições serão impostas no próximo ano aos partidos que não conseguiram no m?nimo 5% dos votos apurados para eleição para a Câmara dos Deputados, 2% deles em pelo menos um terço dos Estados brasileiros.

Caso seja formado, o MD contará com 27 deputados (22 do PPS, 3 do PMN e 2 do PHS) e um senador (PPS).

Até a criação definitiva, com a nomeação das executivas nacional e estaduais, Freire será o presidente nacional do novo partido. "Isso já foi acordado", afirma.

Eleições municipais em 2008 Defensor da candidatura do deputado federal Raul Jungmann à Prefeitura do Recife, Freire é cauteloso ao falar sobre as poss?veis barreiras que poderá enfrentar para viabilizar seu candidato.

O PMN, presidido em Pernambuco pelo deputado estadual S?lvio Costa, tem o projeto de lançar a candidatura do vereador do Recife e deputado estadual eleito S?lvio Costa Filho. "Os três partidos vão tentar se resolver.

Se tiver problema, a Executiva Nacional pode ajudar a definir.

Se eu for antecipar obstáculos, não encontraremos solução para superar a cláusula de barreira", desconversa Freire.

Entretanto, o deputado sabe que a postulação de Jungamann pode enfrentar obstáculos. "No novo partido, além das divergências internas, outras serão acrescentadas.

Mas isso é normal", diz.

No Estado, PPS e PMN seguem caminhos opostos.

Enquanto o primeiro participou do governo Jarbas e Mendonça Filho, com a indicação para a Secretaria de Justiça, o segundo fez oposição à gestão é aliou-se ao PTB, do deputado federal Armando Monteiro Neto, ex-aliado e hoje desafeto de Jarbas.

No entanto, Freire prefere ressaltar as semelhanças entre as duas siglas em n?vel nacional. "O PMN sempre se situou nacionalmente à esquerda.

Em alguns Estados isso não é tão verdadeiro", alfineta.

Leia mais aqui sobre queda-de-braço entre Freire e Silvio Costa.

Oposição ao segundo governo Lula Antes mesmo do presidente Lula iniciar o seu segundo mandato, Freire já defende que o MD faça oposição ao novo governo. ??cido cr?tico de Lula, o deputado diz que o petista promoveu um assistencialismo "que beirou a compra de votos". "Ele substituiu os antigos coronéis pelo cartão do Bolsa-Fam?lia", dispara.

Freire analisa que o eleitor, ao votar em Lula, priorizou "um pouco mais de comida na mesa hoje, apesar da frouxidão moral do seu governo".

Para o deputado, a vinculação do governador eleito Eduardo Campos (PSB) a Lula ajudou muito na sua vitória sobre Mendonça, mas não foi determinante.