Por Eliane CantanhêdeDa Folha de S.PauloNo Jornal do Commercio de hoje BRAS??LIA - Hoje é um bom dia para se projetar o que vem por a? no segundo mandato de Lula.
O presidente vai falar “para fora???: para o público interno, via pronunciamento na TV e encontro com os governadores eleitos do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e para o externo, em papos ao telefone com Bush, Chávez, Gaddafi e outros.
Os ministros Dilma, Tarso Genro, Guido Mantega e Paulo Bernardo vão continuar indo e vindo para acertar o tom depois de Tarso anunciar “o fim da era Palocci no Brasil???.
Afinal, o que vem a ser a nova era?
Ninguém sabe.
Eles já se engalfinham para defini-la, enquanto Henrique Meirelles - que não é da turma - depõe no Congresso sem saber se fica ou não na presidência do Banco Central.
Com outros probleminhas a tratar, a Executiva nacional do PT vai se reunir para comemorar a reeleição de Lula e a vitória em cinco Estados (Bahia, Pará, Sergipe, Piau? e Acre), mas também preparando terreno para dar uma arejada no partido - sem usar o termo “refundação???.
Os sindicalistas “aloprados??? que se cuidem.
E, na CPI das Sanguessugas, os já conhecidos petistas Valdebran e Gedimar (cada nome que aparece!) vão dar tratos à bola para tentar justificar o injustificável.
Lula e o PT querem distância deles.
Resta saber se a oposição vai deixar.
Lula vai cuidar por enquanto de falar, falar, falar, usando e abusando das metáforas, de preferência futebol?sticas, enquanto ministros discutem rumos econômicos, as frituras começam, o PT tenta se livrar da fama de vilão da história e aquela lista enorme de suspeitos continua dando explicações a CPIs, Pol?cia Federal, Ministério Público, imprensa.
São muitas frentes: cargos, economia, base aliada, investigações.
Aliás, de onde veio mesmo o R$ 1,7 milhão do tal do dossiê?