Por Fernando CastilhoColunista de Economia do JC O governador-eleito Eduardo Campos entende que há espaço pol?tico para negociar dois assuntos que a atual administração de Perambuco teve dificuldades junto a União e que poderão trazer importante volume de recursos ao Estado nos próximos anos.

A questão da compra de 22% das ações da Compesa, pela Caixa Econômica Federal, e a implantação de uma terceira planta de regaseificação, em Suape, para atender as necessidades do complexo industrial e de produção de energia.

O tema Compesa-Caixa estará, segundo disse, na lista dos primeiros assuntos a serem tratados com o presidente Lula, inclusive já tendo sido provocado pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ainda ontem por ocasião dos cumprimentos pela vitória eleitoral.

Os desentendimentos entre Pernambuco e Bras?lia na questão começaram quando a Caixa não recebeu as ações da companhia de saneamento e exigiu o pagamento do dinheiro na forma de empréstimo, barrando, a partir de então, qualquer possibilidade de financiamento nas suas linhas de crédito com recursos do FGTS.

Segundo Campos, sem que Pernambuco abra mão de seus interesses ou que isso possa significar perda de capacidade de endividamento, o imbróglio precisa ser resolvido logo, até porque existem recursos para habitação, abastecimento e saneamento que o Estado pode se habilitar.

Atualmente, a Caixa cobra a d?vida na Justiça que, atualizada, é de quase R$ 240 milhões.