Por Sérgio Montenegro FilhoRepórter especial do Jornal do Commercio Acabou a batalha.

No balanço das baixas, ninguém ficou surpreso: Lula está reeleito para a Presidência da República com uma esmagadora maioria de votos; seu partido, o PT, reaparece mais sólido no cenário pol?tico pós-crises; o arco de forças em torno do segundo governo exibe um tom mais dourado, numa clara tendência de crescimento; e a oposição, embora ainda atuante, fica engavetada por mais quatro anos.

Ao que parece, vai ser um pouco mais complicado se opor ao presidente nesta sua segunda gestão.

Quem tiver bom senso suficiente vai entender o recado das urnas.

Até porque, é fácil ser oposição inconseqüente, aquela que não leva a nada.

Nem ao poder.

Dif?cil é pensar de forma mais ampla.

Por exemplo, aceitar a sugestão de se promover uma grande concertação em favor do Pa?s, tema que vem sendo proposto de forma recorrente pelos petistas e até por alguns adversários mais lúcidos.

Mas, depois de tanta análise da campanha, é tempo de relaxar e pensar com clareza.

Por isso, prefiro reproduzir aqui, até como tema de reflexão, uma historinha interessante sobre as agruras de ser governante.

Foi escrita por C?cero, pol?tico e filósofo romano que viveu de 106 a 43 A/C: "Era uma vez, um rei chamado Dion?sio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sic?lia.

Vivia num palácio cheio de requintes e de coisas bonitas, atendido por uma criadagem sempre disposta a fazer-lhe às vontades.

Naturalmente, por ser rico e poderoso, muitos siracusanos invejavam-lhe a sorte.

Dâmocles estava entre eles.

Era dos melhores amigos de Dion?sio e dizia-lhe frequentemente: Leia aqui o artigo completo.