Veja, em tópicos, o que Mendonça Filho (PFL) disse na entrevista coletiva que ele concedeu domingo, no comitê central, no bairro da Jaqueira, Recife, após reconhecer a vitória de Eduardo Campos (PSB).
ReconhecimentoTomei a iniciativa de ligar ao deputado Eduardo Campos para cumprimentá-lo pela vitória. desejei êxito ao seu governo, desejei que possa cumprir o programa de governo prometido à população de Pernambuco.
A campanhaFoi uma campanha bonita.
Apresentei nossa visão sobre Pernambuco, o que realizamos e as nossas propostas.
Conseguimos desenvolver uma campanha como governador e candidato, equilibrando os dois papéis sem qualquer desvio ético, sem qualquer denúncia que maculasse o candidato e o governador.
A derrotaFaz parte da vida de quem disputa cargos públicos.
Muitos aqui presentes participaram de várias lutas pol?ticas e nem sempre tiveram êxito.
Enfrentei a disputa de cabeça erguida, olhando nos olhos de cada pernambucano.
Saio com o privilégio de poder olhar nos olhos de cada um.
Minha vida foi vasculhada, investigada e, depois de quatro meses, saio com A imagem de homem limpo e mãos limpas.
A decisão do eleitor eu respeito.
Sou um democrata, assim respeito a soberania da decisão do eleitor.
A causaTivemos um governo com mais de 70% de aprovação.
E por que não a vitória?
Justifica-se a partir de uma conjuntura: o eleitor, ao mesmo tempo em que reconheceu o êxito do governo, quis um governo em sintonia com o atual presidente da República.
Esso é o fato.
Quem acompanhou as disputas no primeiro e segundo turnos, no Nordeste, constata isso.
Houve uma forte decisão dos eleitores de que o governador tinha que ter sintonia com o presidente, e meu candidato foi outro (Alckmin).
Houve uma nacionalização do voto.
Não houve erro na campanha.
Eu assumo integralmente a derrota.
A missãoSou governador até 31 de dezembro.
Amanhã cedo (hoje) estarei no Palácio do Campo das Princesas tocando os projetos importantes e do interesse da população de Pernambuco, consolidando no prazo o que está previsto.
TransiçãoNão tenho nomes para a transição.
Será um processo pactuado com a equipe do governador eleito Eduardo Campos, primando pela transparência e pela responsabilidade.
Entrei no Palácio pela porta da frente e sairei pela porta da frente (aplausos).
O futuroMeu futuro vou analisar da forma mais imediata poss?vel, que é cumprir meu mandato até 31 de dezembro.
Sou governador até lá e cumprirei essa responsabilidade.
O futuro pol?tico não vou discutir neste instante.
O PFLQuem tem maturidade pol?tica não analisa o resultado de uma eleição de forma isolada.
Pol?tica é ciclo, é processo.
Não há como olhar uma fotografia pol?tica a partir de um determinado momento.
Não podemos, inclusive, analisar o contexto do PFL, em Pernambuco de forma isolada, até porque o partido compõe desde 94 uma frente ampla.
Só tive um lado na minha vida pública, sempre tive uma posição de clareza e de lado pol?tico.
Meu lado será sempre o da aliança, o dos personagens que estão aqui (aplausos).