Por Fernando CastilhoColunista de Economia do JC O governador que será escolhido hoje pelos pernambucanos terá que conferir prioridade a um pequeno espaço de nosso território (exatamente 13.500 hectares de terra), onde há 30 anos fazemos nossa maior aposta econômica e que, na medida em que viu ser direcionado para lá um espetacular volume de empreendimentos, passou a exigir um volume de investimentos em infra-estrutura que nem o mais otimista dos governantes imaginou ser necessário e na velocidade demandada.

Prioridade da qual já não se pode fugir.

A situação é simples.

Para receber projetos como a refinaria, o estaleiro e o pólo textil, o governo de Pernambuco terá que investir, nos próximos quatro anos, alguma coisa próxima de R$ 400 milhões para complementar a infra-estrutura do complexo de Suape.

Apenas para acomodar os mega projetos e empresas que eles vão ancorar exige-se obras que vão da dragagem a novos piers de atracação, duplicação da malha viária, ampliação do fornecimento d’água, energia elétrica e gás natural e alguns milhares de metros de cais, além das demadas urbanas ao seu redor numa escala sempre crescente.

O momento, seja qual for o governador, é unico.

Suape, por exemplo, já se dar ao luxo de só abrir espaço em áreas próximas ao cais, para indústrias que tenham necessidade porturárias seja de entrada de matérias primas, sa?das de produtos e das duas.

O governo de Pernambuco, agora é interlocutor de parceiros de classe mundial mas a pergunta continua: teremos dinheiro para bancar tudo isso?