Da Folha de S.Paulo O debate em formato de "town-hall meeting", encontro de comunidade, em tradução livre, com uma platéia como coro, faz dos debatedores atores. É a performance que toma a boca de cena, não o argumento.

Em tal ambiente, Lula se movimenta melhor, reage com mais naturalidade.

Ele se dirige ao opositor, chega a tocar nele. É mais verdadeiro, para usar uma palavra de coxia, em suas reações -da tensão à ironia ou à alegria.

Identifica-se mais com os espectadores/eleitores presentes, até fisicamente.Mas também, muito além nas pesquisas, se excede na irritação, por vezes passa dos limites, não responde, enrola.

Já Geraldo, o boneco de plástico segundo Marta Suplicy, é por demais contrito, refreado.Contém-se o tempo inteiro.

Evita quaisquer reações, prende as mãos, crispa a face, contrai a boca.

E foge a todo custo do conflito, olhos nos olhos.

Em lugar do enfrentamento, volta-se à platéia, esforça-se em dosar a agressividade.

Mas também responde com segurança, deixa mensagens claras.

E foi, afinal, menos arrogante.

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